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Mais de 140 mil refugiados deixaram a Ucrânia em 24h

Até o momento mais de 2,1 milhões de pessoas deixaram o país

(Foto: Reprodução/Twitter: @FilippoGrandi)

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta quarta-feira (9) que mais de 140 mil refugiados saíram da Ucrânia em 24 horas.

O Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) contabiliza mais de 2,1 milhões de refugiados desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada no dia 24 de fevereiro.

De acordo com o líder da Acnur, Filippo Grandi, a atual crise humanitária representa o maior fluxo de exilados desde a Segunda Guerra Mundial.

Entre os países que têm recebido as pessoas que fogem do conflito, a Polônia se destaca: mais de 1,2 milhão estão em território polonês.

Diante desse cenário, a agência ligada à ONU estima que até 4 milhões de pessoas deixem a Ucrânia.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).

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