Mais de 1.600 pessoas são retiradas de Mariupol, na Ucrânia
Saída foi realizada com veículos particulares, segundo ministra ucraniana
(Foto: AP)
Na terça-feira (29), um total de 1.665 pessoas foram retiradas de Mariupol, na Ucrânia, uma das cidades mais afetadas pela guerra iniciada em 24 de fevereiro pela Rússia.
De acordo com a agência de notícias ucraniana Ukrinform, a ministra para a Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados da Ucrânia, Irina Vereshchuk, disse que a retirada dos civis foi concluída.
A saída das pessoas foi feita em veículos particulares na terça-feira, mesmo dia em que Rússia e Ucrânia conversavam sobre as condições para um acordo de paz, na Turquia.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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