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Itália já prevê deixar pacientes de coronavírus com mais de 80 anos morrerem

Documento obtido pelo jornal inglês 'The Telegraph' mostra que diretrizes de guerra deverão ser adotadas em breve por excesso de pacientes em UTIs


Médicos saem de tenda montada para emergências de procedimentos fáceis no hospital de Brescia, norte da Itália - (Foto: Luca Bruno/AP)

Segundo país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus no mundo, a Itália se prepara para ter que escolher quem vive e quem morre durante a crise, de acordo com o The TelegraphUm documento obtido pelo o jornal inglês, elaborada por um gabinete de crise em Turim, aponta que o país terá que negar atendimento para pacientes com mais de 80 anos ou que apresentem más condições de saúde em unidades de terapia intesiva (UTIs).

O documento preparado pelo Departamento de Defesa Civil do Piemonte diz que o avanço da "epidemia atual torna provável que seja alcançado um ponto de desequilíbrio entre as necessidades clínicas dos pacientes com Covid-19 e a disponibilidade efetiva de recursos intensivos". O coronavírus já matou mais de 2 mil vítimas no Itália, que está em quarentena total desde 9 de março. O número de casos chega a quase 28 mil. 

O registro oficial também estabelece critérios para acesso aos serviços intesivos de saúde. Além dos idosos e dos que apresentem outras condições graves de saúde, também a possibilidade de sobrevivência dos pacientes será avaliada. "É como seria se estivéssemos em guerra", afirmou um médico ouvido pelo jornal inglês.

De acordo com o Telegraph, o documento está pronto e aguarda o parecer de uma junta científica para ser enviado aos hospitais em todo o país.

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