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Garota transgênera de 10 anos já iniciou transição com apoio da família

(Foto: Reprodução/Twitter)

A pequena Rebekah Brushoff, de 10 anos, é a mais jovem garota trans a fazer a mudança de gênero no mundo. Os pais da menina a apoiaram na decisão e ajudaram a filha a encontrar seus direitos em Nova Jersey, nos Estados Unidos. 

[leiamais]Nascida como menino, a família a chamava de Ben, mas desde pequena notavam a particularidade de Rebekah: "Ela amava rosa, brilhos e todas as coisas femininas. Sempre esteve tudo bem para a gente" relembrou Jamie, mãe de Rebekah, em entrevista à Bancroft. No entanto, a família ainda não tinha entendido exatamente o que estava acontecendo com, até então, o filho. 

Só quando começou a ficar estressada de ter que ir para a escola e fazer atividades com outros garotos da turma que os pais buscaram auxílio e compreenderam a situação. "Nós estávamos lidando com uma criança de sete anos que queria morrer. Uma vez ela abriu a janela do segundo andar e tentou pular de lá", contou Jamie. 

Um especialista em gêneros procurado pela família os orientou e ajudou Rebekah a se autoconhecer. A garota contou aos pais que se sentia como uma garota em sua cabeça, mas isso não condizia com o que enxergava no espelho e então decidiu começar a transição aos oito anos de idade. "Quando vejo fotos antigas do Ben, eu penso nele como parte do meu passado. Agora sou eu mesma", contou a garotinha. 

Apesar de já ter iniciado a transição, Rebekah ainda não fez nenhum tipo de procedimento médico - como tomar hormônios ou se submeter a cirurgias. "A transição médica envolve diversos passos, cada trans escolhe como vai ser a sua", explicou a mãe. 

Quando estiver na idade de entrar na puberdade, Rebekah pretende fazer um tratamento para bloquear as mudanças hormonais, evitando o crescimento de pelos pelo corpo e o engrossamento de sua voz. Se sentir vontade, aos 18 anos poderá fazer a cirurgia definitiva. 

Além da mãe, a família de Rebekah é composta pelo pai, que é pastor e sente medo de como a filha será tratada, e por mais dois irmãos mais novos. Elijah, o do meio, fica feliz pela irmã: "É divertido ter uma irmã, porque eu já tenho um irmão mais novo. Um mais velho seria demais para mim". 

"Nós a apoiamos da melhor forma possível e recebemos muito apoio também", diz a mãe, que acredita ser essa a melhor forma de lidar com a situação. 

Nas redes sociais, a família recebe muitos comentários negativos, mas eles não se importam com os ataques: "Ninguém sabe realmente o que passamos", destacou a mãe de Rebekah. 

(Foto: Reprodução/Twitter)

(Foto: Reprodução/Twitter)

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Respectivamente: Elijah e Ben - antes de se tornar Rebekah (Foto: Reprodução/Twitter)

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