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França inicia reabertura em 11 de maio e divide país em dois

Quatro regiões, incluíndo Paris, terão regras mais rígidas

O governo da França anunciou nesta quinta-feira (7) como será feita a nova fase do combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e detalhou as principais ações que serão tomadas a partir do dia 11 de maio.

Segundo o primeiro-ministro, Édouard Philippe, o território foi dividido em dois: na zona verde estão 14 regiões que já poderão aplicar as medidas de desconfinamento de maneira mais ampla. Já a zona vermelha, lista quatro regiões - que incluem a capital Paris - e que terão um controle mais rígido por conta da ainda alta disseminação de Covid-19.

São elas Ilha de França, Altos da França, Grand Est, Borgonha-Franche-Comté e Mayotte. Nelas, as escolas médias também não poderão ser abertas, como no restante do país, e a fiscalização será mais intensa.

De acordo com o primeiro-ministro, a decisão foi tomada, especialmente na região de Paris, "porque os casos estão ainda mais elevados do que o previsto" e que isso demanda "a mais extrema vigilância".

"O plano poderá ser iniciado nesta segunda-feira, dia 11, e isso é uma boa notícia. Estou confiante que saberemos dar mostras de nossa disciplina e responsabilidade", disse Philippe durante o anúncio.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, informou que as fronteiras nacionais continuarão fechadas "ao menos, até o dia 15 de junho".

Já o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, informou que a partir de segunda-feira cerca de "80% a 85% escolas sejam reabertas", o que significa acolher cerca de "um milhão de estudantes e 130 mil professores". As universidades, no entanto, poderão reabrir uma semana depois, no dia 18 de maio, nas cidades da zona verde.

Entre as medidas anunciadas, está o uso obrigatório de máscara no transporte público, sob pena de aplicação de multa de 135 euros para cada pessoa. Na Ilha de França, onde está localizada a capital, o acesso ao transporte público nos horários de pico será reservado apenas para aqueles que comprovem a necessidade de sair de casa para trabalho. As praias e lagos poderão ser reabertos ao público caso os prefeitos optem pela medida, que deve ser analisada caso a caso.

Também está mantido, até o dia 2 de junho, a proibição de reuniões com mais de 10 pessoas e a proibição de eventos com mais de cinco mil pessoas até setembro. Os franceses poderão sair de casa, a até 100 quilômetros de distância, sem apresentar nenhum tipo de comprovante. Só será cobrado o atual certificado para quem precisar se deslocar por distâncias maiores do que essa.

A França contabiliza 174.224 casos confirmados de Covid-19 e 25.812 mortes, segundo o Centro Universitário Johns Hopkins. (ANSA)

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