RedeTVi - Notícias | Mundo

Forças russas se aproximam de Kiev, capital da Ucrânia

Ministério da Defesa pediu que os cidadãos produzam coquetéis molotov para combater os invasores

(Foto: AP)

O jornal “New York Times” informou nesta sexta-feira (25) que o Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou a presença de soldados russos no distrito de Obolon, na região metropolitana de Kiev, capital do país. A situação se dá após a autorização de uma ação militar por parte do presidente russo, Vladimir Putin, que entende que a Ucrânia faz parte da Rússia.

A pasta ucraniana recomenda que moradores se protejam em locais fechados e evitem transitar por Obolon. Através das redes sociais, o ministério também pediu que os cidadãos preparem coquetéis molotov para enfrentar os russos invasores.

"Em Obolon, o inimigo. Pedimos aos cidadãos que informem sobre a circulação! Façam coquetéis Molotov, neutralize o ocupante!", diz a publicação em uma tradução simples.

Segundo o "New York Times", uma TV local estaria transmitindo tutoriais de como produzir o artefato que espalha fogo quando chocado com alguma superfície.

Moradores pacíficos - tenha cuidado! Não saia de casa!A chefia de gabinete das Forças Armadas da Ucrânia acredita que as tropas russas utilizam um campo de pouso em Belarus para reunir, planejar e atacar Kiev. Agências de notícias russas informam que a Rússia nega que tenha realizado ataques com mísseis na capital ucraniana.

Entenda o conflito

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e, nesta semana, se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão nesta quinta-feira (24).

Veja também!

>>> Presidente da Ucrânia decreta estado de mobilização geral contra invasão russa

>>> Rússia: condição para fim de ataque é desarmamento da Ucrânia

>>> Putin proíbe russos de protestarem contra a guerra

Assista aos vídeos e inscreva-se no canal da RedeTV! no YouTube