Diplomatas da Rússia e Ucrânia se encontrarão na Turquia amanhã
O encontro também contará com a presença do ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu
(Foto: Redação RedeTV!)
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, viaja para a Turquia nesta quarta-feira (9). Assim como ele, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, irá para o país onde os dois marcaram uma reunião para quinta-feira (10).
Apesar do encontro, Kuleba afirmou que suas expectativas estão baixas. Ele pediu que Lavrov o receba “em boa fé, não para fazer propaganda”.
"Digo francamente que minhas expectativas estão baixas. Estamos interessados no cessar-fogo, em liberar nossos territórios e resolver as questões humanitárias”, disse o ucraniano.
O encontro também contará com a presença do ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu.
Esta será a primeira vez que Sergei Lavrov viajará desde que a Rússia invadiu a ucrânia no dia 24 de fevereiro.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).
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