Conflito no Sudão provoca mais de 400 mortes
Confrontos entre forças rivais já deixaram mais de 3 mil feridos
(Foto: EFE)
No Sudão, a sexta-feira (21) marcada por um feriado religioso que marca o fim do período de jejum do Ramadã, inicio do Eid al Fitr, registrou mais conflitos na capital do país, Cartum, deixando centenas de mortos.
A disputa entre homens armados do grupo RSF e soldados do Exército não pouparam nem o momento da convocação das orações matinais.
Os combates se intensificaram há cerca de seis dias, devido divergência de lideranças. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até esta sexta, 413 pessoas morreram e 3.551 estão feridas.
Com os fortes ataques, que já chegaram até instalações médicas, a população tenta fugir para o país vizinho.
Os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Alemanha, Espanha e Suécia tentam retirar seus cidadãos do país. Diplomatas norte-americanos chegaram a ser atingidos por tiros e agredidos.
A situação no país vem se agravando e programas humanitários como de alimentação das Nações Unidas interromperam as atividades após integrantes serem assassinados em Darfur.
Entenda o motivo o confronto no Sudão
Os combates que vitimaram milhares ocorre no Sudão devido à competição pelo controle. A briga acontece entre grupos rivais liderados por dois homens poderosos do país: o líder militar do Sudão, Abdel Fattah al-Burhan, e o comandante das Forças de Apoio Rápido (RSF, na siga em inglês) paramilitares, Mohamed Hamdan Dagalo.
Mesmo sendo aliados, até recentemente, as tensões entre os poderosos passou a acontecer durante as negociações para integrar a RSF nas forças armadas do país como planos para restaurar o governo civil. Isso porque com o trabalho em conjunto de Abdel e Mohamed para a derrubada do presidente Omar al-Bashir, em 2019 e o golpe militar de 2021, surgiu o questionamento de quem estaria subordinado a quem com a nova hierarquia.
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