China impõe lockdown em cidade com mais de 3 milhões de habitantes após surto de Covid-19

Um estudo mostrou, entretanto, que a medida não tem eficácia para evitar novas mortes

(Foto: AP)

O governo chinês determinou um lockdown na cidade de Baise, no sul do país, para conter o aumento de casos de Covid-19. A população precisará ficar em casa e suspender conexões de transporte para a região.

Segundo a agência de notícias internacionais Associated Press, as autoridades de saúde informaram que, até esta terça-feira (8), 135 casos foram registrados na cidade. Por conta disso, as aulas foram suspensas, empresas consideradas não essenciais fechadas e restaurantes só vão atender clientes que buscarem seus pedidos.

A China tem uma política severa de “covid zero”. A estratégia exige que medidas rígidas sejam adotadas mesmo após um pequeno número de casos confirmados.

Baise tem mais de 3 milhões de habitantes, sendo 1,4 milhão em regiões urbanas. A mídia estatal chinesa informou que há grandes filas nas passagens das fronteiras de Longbang e Pingment. A medida já tem causado perdas aos fruticultores do Vietnã que dependem do mercado chinês.

Estudo diz que lockdowns não salvaram vidas

Os pesquisadores Jonas Herby, Lars Jonung e Steve Hanke, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, sugeriram em um estudo que as medidas restritivas como o lockdown não têm efeito salvador de vidas em meio à pandemia.

De acordo com a pesquisa, eles analisaram mais de mil estudos e 24 artigos publicados em diversos países. A conclusão que chegaram foi que a restrição reduziu a taxa de mortalidade em apenas 0,2%.

Ainda segundo o estudo, os lockdowns mais prejudicaram do que ajudaram as economias dos países. Houve redução da escolaridade, aumento do desemprego e ainda causou “agitação política”.

Por outro lado, a pesquisa também destacou que o uso de máscaras foi mais eficaz e reduziu o número de mortes por Covid-19 em cerca de 24%.

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