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China bloqueia acesso e inicia exercícios militares ao redor de Taiwan

Situação de tensão foi intensificada depois que a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA visitou a ilha que a China considera parte de seu território

(Foto: AP)

As Forças Armadas da China iniciaram exercícios militares com munição real ao redor de Taiwan durante a madrugada desta quinta-feira (4). A medida bloqueia a entrada na ilha pelas vias aéreas e marítimas. As informações são da Agência France Presse (AFP).

A situação de tensão foi intensificada depois que a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou, de forma não-oficial, a ilha asiática que a China considera parte de seu território. Os chineses entenderam a atitude como uma provocação e prometeram retaliações.

Segundo a AFP, o Exército chinês iniciou os trabalhos militares por volta de meio-dia (1h desta quinta-feira no Brasil) e devem continuar até domingo (7). Os exercícios foram anunciados logo após a chegada de Pelosi.

Sanções

Na quarta-feira (3), a China impôs sanções contra Taiwan. Entre as medidas tomadas estão a suspensão das importações de frutas e produtos de pesca de Taiwan, além da paralisação das exportações de areia natural para a ilha. A alfândega chinesa também suspendeu importações de 35 exportadores taiwaneses de biscoitos e doces.

Apesar de Taiwan ter um governo próprio, apenas pouco mais de 10 países reconhecem sua independência da China.

Entenda

Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, visitou Taiwan de forma não-oficial. Ela chegou ao país durante a manhã de terça-feira (2) (noite em Taiwan) para reforçar o “compromisso dos Estados Unidos com a democracia”.

Inicialmente, Singapura, Malásia, Coreia do Sul e Japão seriam os destinos da política. Apesar disso, fontes da CNN Internacional e da Reuters afirmavam que Pelosi visitaria a ilha, que a China considera uma província rebelde.

Esta foi a primeira vez em 25 anos que um presidente da Câmara dos Estados Unidos desembarcou no país.

Pelosi não é muito querida pelos governantes da China já que ela foi abertamente contra os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim. Em 1991, dois anos após um massacre contra estudantes na praça da Paz Celestial, a americana abandonou uma comitiva dos EUA e exibiu um cartaz em protesto ao acontecimento.

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