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Biden chega para cúpula da Otan, onde deverá anunciar mais sanções contra a Rússia

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, abriu a reunião afirmando que os russos cometeram um 'grande erro'

(Foto: AP)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está em Bruxelas, na Bélgica, para a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nesta quinta-feira (24), onde deve anunciar um novo pacote de sanções à Rússia.

Além de Biden, Emmanuel Macron, presidente da França e Boris Johnson, o primeiro-ministro britânico, também participam do encontro. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, abriu a reunião afirmando que a Rússia cometeu um “grande erro” quando iniciou a invasão na Ucrânia.

Além da questão das sanções aos russos por conta da guerra na Ucrânia, Biden também vai discutir e realizar ajustes de longo prazo à posição de força e contingências da Otan em caso de uso de armas nucleares, segundo informou o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan na quarta-feira (23).

Joe Biden prometeu não enviar soldados à Ucrânia, mas tem fornecido bilhões de dólares em armas e auxílio à defesa do país invadido. Além disso, o presidente dos EUA garantiu que os membros da Otan serão defendidos se forem atacados.

Depois da Bélgica, Biden irá para Varsóvia, na Polônia, onde se encontrará com o presidente polonês, Andrzej Duda.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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