Biden acusa Putin de avaliar uso de armas químicas na Ucrânia
Guerra chega ao 27º dia nesta terça-feira (22)
(Foto: AP)
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de considerar utilizar armas químicas contra a Ucrânia no conflito que chega ao 27º dia nesta terça-feira (22).
De acordo com Biden, as acusações da Rússia de que os ucranianos têm armas biológicas e químicas são falsas, evidenciando que o russo avalia usá-las na guerra.
“[Putin está] contra a parede e agora ele está falando sobre novas bandeiras falsas que ele está levantando, inclusive, afirmando que nós nos EUA temos armas biológicas e químicas na Europa. Simplesmente não é verdade”, disse o presidente americano em um evento com líderes empresariais.
"Eles também estão sugerindo que a Ucrânia tem armas químicas e biológicas na Ucrânia. Isso é um sinal claro de que ele está considerando usar ambas”, destacou Biden.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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