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Após invasão russa, agência nuclear ucraniana diz que houve aumento da radiação em Chernobyl

Russos tomaram a região na quinta-feira (24), mas afirmam que os níveis estão normais

(Foto: AP)

A agência nuclear da Ucrânia afirmou que, após a tomada dos russos da região onde funcionava a usina de Chernobyl, houve um aumento nos níveis de radiação. A informação é da agência Reuters, divulgada nesta sexta-feira (24).

Ainda de acordo com a Reuters, os especialistas da agência nuclear disse que, apesar do aumento, a situação ainda não é crítica, mas que está sendo monitorada.

Os russos afirmam, no entanto, que o nível de radiação é normal. Ainda não foram divulgados números, e as alterações são resultado da movimentação dos equipamentos militares durante a invasão de quinta-feira (23).

Ainda segundo a agência de notícias internacionais, a Rússia informou que enviará paraquedistas para garantir a segurança da usina nuclear que funcionou até 1986, após um acidente.

O local é estratégico para os russos por ser uma área de acesso entre Bielarus, país aliado, e Kiev, capital da Ucrânia.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e, nesta semana, se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão nesta quinta-feira (24).

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