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Ao menos 21 morrem após ataque russo em escola de Kharkiv

A Rússia nega que esteja atacando civis desde o início da invasão

(Foto: Reprodução/Telegram)

Um ataque russo em uma escola e um centro comunitário da região de Kharkiv, na Ucrânia, matou 21 pessoas e deixou outras 25 feridas, informaram as autoridades ucranianas nesta quinta-feira (17).

De acordo com a promotoria de Kharkiv em seu canal no Telegram, a informação é de que dos feridos, ao menos 10 pessoas estão em estado grave.

A Rússia, desde o início da invasão no dia 24 de fevereiro, nega o bombardeio contra civis e chama a atual guerra de “operação militar especial”. Não se sabe se o lugar servia como abrigo para civis ou militares.

De qualquer forma, apesar de negar o ataque contra civis, a Ucrânia acusou a Rússia de atacar um teatro mais cedo em que ucranianos escreveram, em russo, a palavra “crianças” para evitar justamente que o local fosse um alvo.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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