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Ao menos 100 mil estão em 'condições desumanas' em Mariupol, diz Zelensky

Presidente da Ucrânia também comentou que as negociações com a Rússia estão difíceis 

(Foto: Reprodução/Twitter: @ZelenskyyUa)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou na terça-feira (22) que 100 mil pessoas estão em condições desumanas em Mariupol, cercada pelas tropas russas há três semanas.

De acordo com Zelensky, os civis estão sem acesso a água, comida ou remédios. No início da semana a Rússia deu ultimato para que a Ucrânia entregasse a cidade portuária que dá acesso ao Mar Negro, mas ucranianos negaram e resistiram.

"Vamos lutar o máximo que pudermos. Até o fim [...] com todas as nossas forças”, disse o presidente ucraniano em uma transmissão.

Além da denúncia, Zelensky também disse que as negociações com a Rússia estão difíceis, mas que os avanços estão sendo feitos “passo a passo”.

“Estamos continuando a trabalhar em níveis diferentes para encorajar a Rússia a se mover na direção da paz... Representantes da Ucrânia estão participando de conversas sendo realizadas virtualmente todos os dias. É muito difícil, às vezes conflituoso. Mas passo a passo, estamos avançando”, informou.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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