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Ao menos 1 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia desde o início da guerra

Informação foi divulgada pelo alto comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) nesta quinta-feira (3)

(Foto: AP)

Em uma semana de guerra entre a Rússia e a Ucrânia ao menos 1 milhão de pessoas já deixaram o território ucraniano após a invasão que ocorreu no dia 24 de fevereiro. A informação foi divulgada pelo alto comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, em sua conta oficial no Twitter.

“Em apenas sete dias, assistimos ao êxodo de um milhão de refugiados da Ucrânia para os países vizinhos”, escreveu Grandi na manhã desta quinta-feira (3).

O alto comissário ainda destacou que o conflito precisa acabar para que a assistência humanitária que salva vidas possa ser fornecida.

De acordo com agências internacionais, Grandi vai à Romênia, Moldávia e Polônia para avaliar a situação dos refugiados. Esses três países são, atualmente, os que estão acolhendo a maior parte deles.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).

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