Viradouro é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro
Escola conquistou o terceiro título no carnaval carioca
(Foto: Alexandre Vidal/Rio Carnaval)
Com o enredo “Arroboboi, Dangbé”, a Unidos do Viradouro é a campeã do carnaval 2024 do Rio de Janeiro. A apuração do grupo especial ocorreu nesta quarta-feira (14), na Marquês de Sapucaí.
Vice-campeã de 2023, a agremiação conquistou seu terceiro título mesmo sendo apontada uma irregularidade em seu desfile. As escolas Grande Rio, Imperatriz Leopodinense, Mocidade e Beija-Flor entregar com um pedido de punição à escola, por ter mais integrantes do que o permitido em sua comissão de frente.
A decisão da Liesa será divulgada na quinta-feira (15), no entanto, mesmo se acatada, a Viradouro mantém o título, já que perderá 0,5 da pontuação, e segundo a apuração conquistou o campeonato com 0,7 de vantagem para a vice-campeã, Imperatriz.
No ano em que a Marquês de Sapucaí comemora o 40ª aniversário, a Viradouro teve o melhor desempenho com 270 pontos, se consagrando campeã novamente após o último título em 2020.
Com um samba que homenageia o culto ao vodum serpente, que nasceu na Costa ocidental da África, a Viradouro foi a última escola a entrar na Sapucaí na segunda-feira (12), o segundo dia de desfiles. As outras cinco melhores colocadas se juntam à Viradouro para o Desfile das Campeãs, que acontece no Sambódromo, no próximo sábado (17). Com 264,9 pontos, a Porto da Pedra foi rebaixada e vai disputar a Série Ouro em 2025.
Samba campeão
Liderada pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, a escola de Niterói apresentou enredo com o título “Arroboboi, Dangbé”. O objetivo foi apresentar a força da mulher negra, por meio de um culto africano à cobra sagrada vodum. O samba foi escolhido em setembro do ano passado, composição de Claudio Mattos, Claudio Russo, Julio Alves, Thiago Meiners, Manolo, Anderson Lemos, Vinícius Xavier, Celino Dias, Bertolo e Marco Moreno.
A história remonta ao século XVIII em Benin, na Costa ocidental da África, onde o culto nasce por meio durante uma batalha, das guerreiras Mino, do reino Daomé. Elas foram iniciadas espiritualmente pelas sacerdotisas voduns, dinastia de mulheres escolhidas por Dangbé. Também foi contado como o culto chegou ao Brasil, em terreiros na Bahia, sob a liderança da sacerdotisa daomeana Ludovina Pessoa, que espalhou a fé nos voduns pelo território.
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