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Traição virtual: trocar mensagens pode ser considerado infidelidade?

Após a cantora Iza expor que foi traída por Yuri Lima, o apresentador Ratinho opinou que mensagem não é traição 

(Foto: Reprodução/ Redes sociais)

A traição exposta por Iza que colocou um fim na relação com o jogador Yuri Lima segue gerando polêmica. Na noite da última segunda-feira (15), o apresentador Ratinho opinou sobre o caso dizendo que trocas de mensagens não é uma traição. 

Com a declaração de Ratinho, levantou o questionamento: troca de mensagens e interações nas redes sociais pode ser considerado traição? Sim, segundo o psicólogo Yuri Busin, mestre e doutor em Neurociência do Comportamento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, e o psiquiatra Eduardo Perin, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).

Destacando que o ato de trair não é somente contato físico, Yuri pontuou que atitudes que podem enganar o parceiro também cevem se caracterizar uma traição, no entanto, ressalta que em uma relação deve ter um conceito pre estabelecido entre o casal.  “Esse é um assunto delicado e depende do que cada indivíduo interpreta como traição (…) É importante que o casal se comunique e esteja de acordo para ambas as partes. Atualmente, existem interações dentro das redes sociais que podem ser interpretadas como uma traição devido o desejo”, explica Busin.

Eduardo Perin também explicou que cada relação deve ter regras estabelecidas. “Para muito casais uma interação por redes sociais, por mensagens é sim considerado traição”, pontuou o psiquiatra. Contudo, ele ainda completa afirmando que nesses casos, o conteúdo da conversa pode ser interpretado como uma infidelidade. “Se foi falado algo de relacionamento ou mais sexual, essas mensagens podem ser tratadas como traição”. 

Os especialistas ouvidos pelo Portal da RedeTV! ressaltam que interações das plataformas digitais como likes e reações muitas vezes não configuram um desejo do outro, mas podem causar interpretações desta forma. Yuri Busin aconselha que cada um intérprete essas situações com base na trajetória e indivíduos, não o que é conceito base estabelecido pela sociedade sobre o que pode ou não ser uma infidelidade. 

Atualmente, as terapias de casais tem como principal ponto de conflitos as redes sociais, conforme apontou o psiquiatra. “A rede social gera insegurança muito grande em parte das pessoas, até porque elas são usadas por muitos como uma forma de conhecer novas pessoas e até ter um relacionamento extraconjugal”. Perin então define traição como “tudo aquilo que vai contra o que foi combinado entre o casal”. “A traição é quando ambas as partes não cumprem o que foi estabelecido por elas mesmas”, completou. 

O psiquiatra ainda indica que grande parte das pessoas traídas decidem continuar na relação, embora muitas vezes seja difícil resgatar a confiança. Perin evidencia que é comum o parceiro traído desenvolver alguns sintomas de depressão ou ansiedade, até mesmo de estresse pós-traumático, acarretando aumentos de substâncias e comportamentos autoagressivos. 

O psicólogo Yuri Busin realça ato de separação após traição é individual, mas aconselha que os casais que decidem ficar juntos devem ter um novo acordo estabelecido entre as partes, e o mais importante é deixar o passado para trás, deixando de remoer o que já foi perdoado. Yuri ainda destaca que deve haver confiança e usa a frase: “a gente tem que dar liberdade para a pessoa estar ao nosso lado”. 

Os especialistas ainda recomendam que caso seja difícil lidar com as emoções provocadas após uma traição a melhor escolha é procurar ajuda profissional.

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