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Taylor Swift, RBD e outros: comprar de cambista também é crime?

No Brasil, o cambismo é um ato ilegal e prevê detenção de até dois anos 

(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

A venda dos ingressos para a turnê “The Eras”, de Taylor Swift, causou um clima de frustração nos fãs brasileiros. 

Desde o anúncio da volta da loirinha ao Brasil, os fãs passaram a realizar uma verdadeira maratona para conseguir adquiriram ingressos. Em filas online com mais de um milhão de espera e acampando em pontos de vendas, em poucos minutos os tickets se esgotaram. 

Além da tristeza dos fãs, uma revolta começou devido às vendas na última semana, isso porque, muitos afirmaram que os ingressos esgotaram devido à ação de cambistas, que comprar a fim de revender por preços acima do que é vendido pela organização do show. 

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O caso da turnê de Taylor não é isolado no Brasil, ao liberar as vendas do show da volta do RBD, os ingressos para rever a banda também acabaram em poucos minutos. 

Com a revolta dos fãs de Taylor, o Procon notificou a T4F sobre o esgotamento, e as autoridades passaram a acompanhar a saga dos fãs nas bilheterias físicas, chegando a deter alguns cambistas. 

Vale destacar que o cambismo é um ato ilegal, de acordo com a legislação brasileira. No entanto, acaba sendo a única alternativa para assistir aquele show tão disputado, e dai fica o questionamento: comprar de cambista é crime? 

Segundo o criminalista Arthur Prado Neves, comprar de cambista não é crime. “Quem compra de cambista não pratica crime nenhum, não existe essa previsão legal aqui no Brasil.” 

O especialista destaca que o delito é praticado apenas por quem compra para revender. “Quem compra o ingresso para depois revender e com um lucro abusivo, ele está praticando um delito”, porém, Neves destaca que o crime é previsto na Lei de Crime contra a Economia Popular de 1951 e está “muito defasada”. 

A pena para quem pratica o cambismo pode chegar a dois anos de prisão. Para o especialista, a medida não pune adequadamente o crime. “Não trata de maneira correta e adequada a forma que os cambistas estão atuando aqui”, comenta. 

Além de pagar um preço bem acima do que é anunciado na venda oficial, quem compra de cambista pode sofrer golpes, inclusive ficar no prejuízo por comprar ingressos falsos. 

O criminalista ainda alerta para que ao ser abordado por cambistas que as pessoas denunciem, acionando a Polícia Militar e o Procon. 

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