RedeTVi - Notícias | Geral

Síndrome de Fim de Ano: Qual a Relação entre "Dezembrite" e a Ansiedade?

O ritmo acelerado do fim do ano intensifica sintomas de ansiedade e pressões sociais

(Foto:Freepik)

Com a chegada de dezembro, é comum que sentimentos como cansaço, ansiedade e pressa para encerrar pendências tomem conta do dia a dia. Popularmente conhecida como “dezembrite” ou síndrome de dezembro, essa sensação reflete o impacto das festas, das cobranças pessoais e do encerramento de ciclos no bem-estar físico e mental. Mas o que está por trás desse fenômeno tão recorrente?

Segundo uma pesquisa da Ipsos (Especialista em Pesquisa de Mercado e Opinião Pública), 45% dos brasileiros relatam sofrer de ansiedade, com maior prevalência entre mulheres e jovens de 18 a 24 anos. Já a Universidade de Fortaleza (Unifor) destacou que, em 2024, “ansiedade” foi escolhida como a palavra do ano no Brasil, reforçando a necessidade de conscientização sobre saúde mental e políticas públicas voltadas ao tema.

Para compreender por que o fim do ano intensifica sintomas como ansiedade, angústia e tristeza, o portal RedeTV! ouviu a terapeuta Ivania Konno. Ela explicou que, nesta época, muitas pessoas tendem a refletir sobre suas conquistas e comparar seus resultados com os dos outros, especialmente nas redes sociais.

“A gente pensa em fim de ciclo, e a maioria das pessoas não gosta disso. Há também a pressão social e a comparação: ‘Fulano fez tal coisa, adquiriu tal bem, viajou para tal lugar, e eu não’. Isso alimenta essa sensação de inadequação, e essa autocrítica não é saudável”, pontuou a especialista.

Além disso, memórias e perdas podem agravar o quadro. Segundo Konno, o luto, como a ausência de um ente querido, pode ser um gatilho emocional significativo durante essa época.

Gatilhos da “Dezembrite”

Ivania destacou que a ansiedade pode se manifestar a partir de pensamentos autocríticos, muitas vezes alimentados pela comparação com os outros. “É comum ouvir: ‘Todo mundo viajou, ganhou aumento, e eu estou na mesma’. Isso pode gerar um misto de insatisfação e medo de mudanças. Há quem queira permanecer no conhecido, mas, ao mesmo tempo, sinta inveja das conquistas alheias”, explicou.

Segundo ela, o medo do novo também exerce um papel importante. “As expectativas criadas em torno de mudanças geram insegurança. Muitas vezes, nos perguntamos: ‘O que preciso abandonar para alcançar o que desejo?’. Esse conflito alimenta o ciclo de ansiedade”, afirmou.

Como prevenir os sintomas?

Para minimizar os impactos da “dezembrite”, a terapeuta sugere práticas simples e eficazes. “A primeira coisa é abandonar a autocrítica exagerada. Ame-se mais. Lembre-se de que você fez o que podia com o conhecimento que tinha naquele momento. Não se compare com os outros”, aconselhou.

Ela também reforça a importância de criar uma rotina de autocuidado, que inclua exercícios físicos, alimentação saudável e boas noites de sono. “Autocuidado é fundamental. Pequenas metas e hábitos saudáveis ajudam a construir um equilíbrio emocional, essencial para começar o próximo ano de forma mais leve”, concluiu.

Fique informado com a RedeTV!

- Clique aqui para entrar no nosso canal de notícias no WhatsApp

Clique aqui para acessar o Notícias RedeTV! no Youtube

Assista AO VIVO à programação da RedeTV!