Homem recebe transplante de rosto após 10 anos de tentativa de suicídio: "Segunda chance"
Americano passou por uma cirurgia que durou mais de 50 horas
(Foto: Divulgação/ Mayo Clinic)
Em 2014, Derek Pfaff, então com 20 anos, sofreu graves ferimentos no rosto após uma tentativa de suicídio com um tiro. Dez anos depois, ele se submeteu a um transplante facial realizado pela Mayo Clinic, nos Estados Unidos, que lhe devolveu funções vitais perdidas, como piscar, engolir, sorrir e respirar pelo nariz.
Derek havia passado por 58 cirurgias faciais reconstrutivas, mas ainda enfrentava dificuldades para comer alimentos sólidos, falar e usar óculos devido à perda do nariz. O transplante facial, que foi realizado pela primeira vez há 19 anos, é um procedimento complexo, com menos de 50 casos registrados ao redor do mundo.
Em fevereiro de 2024, após encontrar um doador compatível, ele passou por uma cirurgia que durou mais de 50 horas e envolveu cerca de 80 profissionais médicos. O procedimento substituiu 85% de sua face, incluindo mandíbula, maxila, nariz, bochechas e parte de sua testa, além de outras áreas críticas.
O cirurgião Samir Mardini, responsável pela operação, explicou que a cirurgia não é apenas estética, mas visa restaurar funções essenciais, permitindo que Derek recupere a capacidade de expressar emoções e realizar atividades cotidianas.
A cirurgia incluiu o transplante de delicados nervos faciais e o sistema de drenagem lacrimal do doador. Esse processo foi crucial para restaurar funções como sorrir, falar e respirar.
Nos meses seguintes, Derek Pfaff passou por cirurgias adicionais para melhorar a função de sua língua, pálpebras e garantir a conexão nervosa correta. Agora, nove meses após o transplante, ele consegue sorrir e expressar emoções como felicidade e tristeza.
"Eu estava sob muita pressão na faculdade. Não me lembro de ter tomado a decisão de tirar a minha própria vida. Quando eu acordei no hospital, pensei inicialmente que havia sofrido um acidente de carro. Eu vivi por uma razão. Quero ajudar os outros. Sou muito grato ao meu doador, à sua família e à minha equipe de cuidados da Mayo Clinic por terem me dado essa segunda chance”, diz ele, que se tornou uma voz ativa na prevenção ao suicídio, em comunicado.
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