Greve do Metrô e CPTM chega ao fim após assembleia
A paralisação teve início à meia-noite desta terça
(Foto: Agência Brasil)
Após 24 horas de paralisação, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizou nova assembleia nesta terça-feira (3) onde decidiram encerrar a greve.
Com 79% dos votos, os grevistas acabaram com a paralisação que iniciou após editais que pretendem privatizar estações do Metrô. "A nossa luta continua, contra a terceirização, contra a privatização", disse Camila, presidente do Sindicato dos Metroviários. O resultado da assembleia foi anunciado por volta de 21h desta terça.
Camila ainda disse que os trabalhadores deram uma demonstração de força contra o governo de São Paulo. “Colocamos o debate das privatizações e as terceirizações na rua. E a nossa avaliação é de que a população apoiou a nossa luta e apoiou o combate às privatizações”, disse ela, durante a assembleia. “Mostramos que tem um edital de terceirização marcado para o dia 10 de outubro. E de terceirização marcado para o dia 17 de outubro. E um leilão marcado para o dia 29 de fevereiro”, disse ela.
Apenas os ônibus municipais e duas linhas privatizadas do metrô e duas linhas de trem operadas pela Via Mobilidade funcionaram hoje. Mesmo assim, houve problemas em uma das linhas de trem da Via Mobilidade: um trecho da linha 9-Esmeralda deixou de funcionar na tarde de hoje e ainda não foi normalizada. À tarde, essa linha chegou a ficar paralisada entre as estações Morumbi e Villa-Lobos Jaguaré. Mas agora à noite, a operação é realizada em via única entre essas estações.
Mais cedo, a Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) decidiu aumentar a multa por descumprimento da liminar que obrigava os metroviários e ferroviários, em greve unificada, a colocar em funcionamento 100% das composições nos horários de pico na capital paulista.
Em coletiva de imprensa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerou abusiva a greve. “Uma greve ilegal, abusiva, claramente política. Uma greve que tem por objetivo a defesa de um interesse muito corporativo”, disse.
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