Quem sofreu o maior impacto com o aumento nos preços dos alimentos, transportes e saúde? Confira
A inflação das famílias de renda muito baixa passou de 0,26% (em novembro) para 0,48% em dezembro
(Foto: Freepik)
De acordo com informações divulgadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira (16), a inflação teve um avanço entre quase todas as faixas de renda em dezembro de 2024, em comparação com novembro. Porém, as altas nos grupos Alimentação, Bebidas e Transporte tiveram um impacto maior nas famílias mais pobres.
Segundo a pesquisa, a inflação das famílias de renda muito baixa passou de 0,26% (em novembro) para 0,48% no mês de dezembro.
Em 2024, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou uma alta de 4,83%, sendo a alimentação, com uma alta de 7,69%, o principal responsável por esse aumento. O aumento nos preços dos alimentos foi influenciado pela seca que afetou a produção. A meta de inflação para o ano era de 3%, com uma margem de variação de 1,5 ponto percentual, estabelecendo um piso de 1,5% e um teto de 4,5%.
Segundo dados do Ipea, a inflação apenas não cresceu para as famílias com renda alta, com o índice recuando de 0,66% (em novembro) para 0,55% (em dezembro) na comparação entre os meses.
Além disso, a pesquisa mostra que, ao comparar 2024 com 2023, a inflação acelerou nas quatro primeiras faixas de renda (muito baixa, baixa, média-baixa e média), enquanto desacelerou nas faixas de renda média-alta e alta.
Segundo o Ipea, o impacto da alta dos alimentos nas classes de renda mais baixa ocorreu devido ao “maior percentual deste gasto no orçamento dessas famílias”. Por outro lado, a pressão dos Transportes foi mais intensa para as famílias de renda mais alta.
“No caso dos alimentos, mesmo diante das deflações ainda mais intensas dos cereais (-0,98%), dos tubérculos (-7,2%) e dos leites e derivados (-0,63%), os efeitos da forte alta das proteínas animais, como carnes (5,3%) e aves e ovos (2,2%), além dos reajustes do óleo de soja (5,1%) e do café (5%), explicam, em grande parte, o impacto desse grupo para os segmentos das classes de rendas mais baixas em dezembro”, alega o instituto.
Nos alimentos, os aumentos mais significativos afetaram itens essenciais da cesta das famílias, como arroz (8,2%), carnes (20,8%), aves e ovos (6,5%), óleo de soja (29,2%), leite (18,8%) e café (36,9%).
Na área de Saúde e Cuidados Pessoais, os principais responsáveis pela alta em 2024 foram os produtos farmacêuticos (6%) e de higiene (4,2%), os serviços de saúde (7,6%) e os planos de saúde (7,9%).
As principais pressões no grupo Transportes vieram dos aumentos nas tarifas de metrô (10,8%) e no transporte por aplicativo (10%), além das altas da gasolina (9,7%) e do etanol (17,6%).
Fique informado com a RedeTV!
- Clique aqui para entrar no nosso canal de notícias no WhatsApp