Programa de redução de salário e suspensão de contratos deve ser prorrogado por mais 2 meses
Ministério da Economia pode estender o Benefício Emergencial para Manutenção de Empregos (BEM) até dezembro
O governo federal deve prorrogar, por mais dois meses, o programa de Benefício Emergencial para Manutenção de Empregos (BEM). A informação foi dada pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, em coletiva de imprensa sobre o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Segundo Bianco, a preocupação com uma nova onda de demissões faz com que o governo pense na possibilidade de estender a redução de salários e jornada de trabalho até dezembro. "A possibilidade de prorrogação é grande", afirmou o secretário, que garantiu que o programa não se estenderá para 2021.
"Obviamente, faremos todas as conversas e estudos internos para que isso se viabilize da melhor forma, sem extrapolar 2020", afirmou Bianco.
Sobre a possibilidade de uma nova onda de demissões, o secretário reconhece uma demanda pela prorrogação do benefício. "Se há uma demanda, não há porque não se fazer a prorrogação. Essa é nossa ideia, tendo em vista que é um programa bem feito, que evita demissão, traz renda ao trabalhador, garante o emprego", explicou.
O secretário ainda adiantou que a pasta deve entregar nos próximos dias uma medida que reduza as burocracias na área trabalhista. A ideia, de acordo com ele, é reduzir de duas dezenas de atos normativos.
Ainda na mesma coletiva realizada na quarta-feira (30), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse acreditar que o programa é um dos mais eficientes entre todas as medidas emergenciais lançadas pelo governo em meio à pandemia. "(Com o programa) Preservamos quase 11 milhões de empregos com renovação de 18 milhões de contratos", observou.
O BEM é o suplemento concedido pelo governo para aqueles trabalhadores que tiveram a jornada e o reduzidos, ou os contratos suspensos, com prevê o programa.
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