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IBGE: 4,8 milhões de desempregados buscam trabalho há pelo menos 1 ano

No 3º trimestre, 3,2 milhões procuravam trabalho há dois anos ou mais


4,8 milhões de desempregados buscam trabalho há cerca de 1 ano - (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Aproximadamente 4,8 milhões de brasileiros desempregados procuram trabalho há pelo menos 1 ano. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Anteriormente, a entidade já havia divulgado que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,8% no 3º trimestre, atingindo 12,5 milhões de brasileiros.

Do total de desocupados, 252,% (3,2 milhões) estão na procura de um trabalho há dois anos ou mais e 1,7 milhão entre 1 ano e 2 anos.

A maior fatia, um montante de 5,8 milhões, estava desempregado entre 1 mês e menos de 1 anos. Outra parcela, referente a 1,8 milhão de pessoas, buscava trabalho há menos de um mês. 

Apesar do número ainda elevado de desemprego, o IBGE registrou uma queda de 3,6% no chamado "desemprego de longa duração". No mesmo período em 2018, 5 milhões procuravam trabalho há pelo menos 1 ano.

SP é o único estado com queda do desemprego

A Pnad-Contínua divulgada hoje trouxe ainda dados sobre taxa de desemprego dos estados. O estado de São Paulo foi o único a apresentar queda na taxa de desemprego do segundo para o terceiro trimestre deste ano. A taxa recuou de 12,8% para 12% no período em São Paulo.

Segundo a pesquisadora da IBGE, Adriana Beringuy, a queda ocorreu devido à redução do número de desempregados e não em função do aumento da ocupação.

Já Rondônia foi o único estado com alta na taxa de desemprego, ao passar de 6,7% para 8,2%. As outras 25 unidades da federação tiveram estabilidade na taxa, de acordo com os dados do IBGE.

As maiores taxas foram observadas nos estados da Bahia (16,8%), Amapá (16,7%) e Pernambuco (15,8%). Já os menores níveis foram registrados em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%).

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve altas em Goiás (que passou de 8,9% para 10,8%) e Mato Grosso (de 6,7% para 8%). Três estados tiveram queda neste tipo de comparação: São Paulo (13,1% para 12%), Alagoas (de 17,1% para 15,4%) e Sergipe (17,5% para 14,7%).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas ou subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas) foi de 24% no país. Maranhão (41,6%) e Piauí (41,1%) apresentam estimativas acima de 40%.

Por outro lado, as menores taxas foram observadas em Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (14,7%), Rio Grande do Sul (16,3%) e Mato Grosso do Sul (16,3%).

Desalentados

O número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) foi de 4,7 milhões de pessoas no terceiro trimestre. Os maiores contingentes estavam na Bahia (781 mil) e no Maranhão (592 mil) e os menores em Roraima (17 mil) e Amapá (19 mil).

O percentual de pessoas desalentadas foi de 4,2%. Os maiores percentuais estavam no Maranhão (18,3%) e Alagoas (16,5%) e os menores em Santa Catarina (1,1%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Distrito Federal (1,3%).

Empregos formais

Santa Catarina tinha o maior percentual de empregados com carteira assinada (87,7%). Já o menor percentual estava no Maranhão (49,9%).

As unidades da federação com maior percentual de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada no setor privado foram Maranhão (50,1%), Pará (49,9%) e Piauí (49,9%). As menores taxas foram observadas no Rio Grande do Sul (18,1%) e Santa Catarina (12,3%).

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