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Corte de gastos: confira as mudanças propostas por Fernando Haddad

Governo pretende economizar R$ 70 bilhões em dois anos

(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou na noite desta quinta-feira (27), em rede nacional, um conjunto de propostas do governo para conter os gastos públicos e gerar uma economia de até R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.  

Entre as principais medidas estão mudanças no reajuste do salário mínimo, combate aos supersalários no setor público, aposentadoria e militares, aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda. 

Confira os destaques, que ainda dependem de aprovação no Congresso para se tornarem válidos.

Salário mínimo

O salário continuará sendo reajustado acima da inflação, mas com um limite de até 2,5% ao ano, conforme as regras do arcabouço fiscal. Hoje, o reajuste é feito com base na inflação e no PIB de dois anos antes, sem esse limite. 

Imposto de Renda 

A isenção do IR será ampliada para rendas de até R$ 5 mil por mês, mas só valerá a partir de 2026. Segundo Haddad, essa medida foi incluída a pedido do presidente Lula e não está vinculada ao corte de gastos. 

Aposentadoria de militares 

Haverá alterações na idade mínima para aposentadoria, atualmente fixada em 50 anos, e será instituída uma idade mínima para a reserva. Também será limitada a transferência de pensões.  

Taxação dos ricos

O governo propõe uma sobretaxa para quem recebe acima de R$ 50 mil mensais. Haddad afirmou que essa faixa de renda "pagará um pouco mais". 

Abono salarial

O limite de renda para acesso ao benefício será reduzido de R$ 2.824 para R$ 2.640, valor corrigido anualmente pela inflação. O objetivo é que o teto seja fixado em 1,5 salário mínimo.  

Supersalários de servidores

Todos os agentes públicos deverão obedecer ao teto constitucional, atualmente fixado em R$ 44.008,52 mensais.  

Emendas parlamentares

O aumento global das emendas parlamentares será limitado a 2,5% acima da inflação. Além disso, 50% das emendas das comissões deverão ser destinadas à saúde pública. 

As propostas, segundo Haddad, fazem parte de um esforço para controlar a inflação, reduzir a dívida pública e garantir juros mais baixos, promovendo equilíbrio fiscal sem prejudicar áreas essenciais.

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