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Copom eleva juros básicos da economia para 13,25% ao ano

Juros estão no maior nível desde janeiro de 2017

(Foto: Agência Brasil) 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, por unanimidade a taxa Selic de 12,75% ao para 13,25% ao ano, um aumento de 0,5 ponto percentual. O aumento foi o décimo primeiro seguido na taxa básica de juros da economia brasileira. Com isso, a Selic alcançou o maior patamar desde dezembro de 2016, quando 13,75% ao ano.

De março a junho do ano passado, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de dezembro do ano passado até maio deste ano.

Com a decisão desta quarta (16), a Selic continua num ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o indicador fechou em 11,73% no acumulado de 12 meses, no maior nível para o mês desde 2015. Apesar da queda no preço da energia elétrica, por causa do fim das bandeiras tarifárias, a inflação continua pressionada pelos combustíveis.

Alta nos EUA

Para conter o salto da inflação, o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, elevou a taxa básica de juros do país em 0,75 ponto percentual nesta quarta-feira (15). A marca é considerada a maior alta desde 1994. 

"A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionadas à pandemia, preços de energia mais altos e pressões de preços mais amplas", comunicou o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) em seu comunicado ao fim de dois dias de reunião de política monetária."O comitê está fortemente comprometido em levar a inflação de volta a seu objetivo de 2%”, completou. 

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