Cientistas da Fiocruz testam droga para HIV contra coronavírus e têm êxito
O 'atazanavir' teria diminuído replicação do Sars-CoV-2 e, segundo pesquisadores, dá sinal de que merece ser testado em estudos mais amplos
Castelo Mourisco, sede da Fundação Oswaldo Cruz - (Foto: Divulgação/Agência FioCruz)
Cientistas brasileiros da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) testaram com sucesso contra o coronavírus um medicamento que tem sido usado há cerca de duas décadas contra o HIV, chamado de 'atazanavir'. Em testes, os pesquisadores mostraram com culturas de células, a droga reduz em até 100 vezes a velocidade de replicação do vírus Sars-CoV-2.
Devido ao histórido com a Aids, o medicamento é potencialmente menos tóxico do que a cloroquina, que também atua sobre a multiplicação do vírus nas células. Os testes também mostraram que a droga pode reduzir a inflamação generalizada associada aos casos mais graves de Covid-19.
Mas mesmo com bons resultados, o atazanavir ainda não poderá ser empregado de imediato no tratamento de vítimas da Covid 19. Contudo, os bons resultados indicam que o remédio merece ser testado em estudos maiores.
Ao jornal "O Globo", o líder do estudo, Thiago Moreno Souza, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), afirma que testes com camundongos já começaram. "Não se trata de uma opção de profilaxia (evitar a doença), mas de uma potencial possibilidade de tratamento", explica.
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