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Testemunha cita envolvimento de dois PMs em ataque contra Marielle Franco

Marielle Franco foi morta a tiros em 14 de março (Foto: reprodução/Instagram)

[leiamais] Após indicar o vereador Marcello Siciliano (PHS) como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, a testemunha-chave do caso citou em depoimento a participação de dois policiais militares no crime.

Segundo texto publicado nesta quinta-feira (10) pelo jornal “O Globo”, os PMs estavam com outra dupla no Cobalt prata que seguiu o veículo de Marielle até o local da execução.

Ainda de acordo com o jornal, os quatro indicados pela testemunha já são investigados pela Delegacia de Homicídios da capital (DH).

Inquérito aponta ligação de Siciliano com milícia

O vereador Marcello Siciliano também já teve seu nome citado em um inquérito da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil. 

O documento traz em detalhes a investigação feita, de 2013 a 2016, sobre a milícia Gardênia Azul, em Jacarepaguá, e indica a relação próxima do parlamentar ao grupo que comanda a comunidade.

Trecho do inquérito elaborado pelo delegado Alexandre Herdy e publicado pelo jornal “Extra” nesta quinta-feira (10) diz que Siciliano “possui estreita ligação com milicianos”.

Reconstituição

O ataque contra Marielle Franco será reconstituído nesta quinta-feira (10) e contará com o uso de submetralhadoras de calibre 9mm, semelhantes às armas que a polícia acredita que tenham sido usadas na execução da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

Os policiais da Divisão de Homicídios ainda tentam descobrir quem forneceu a arma e as munições utilizadas no crime, já que as quatro balas que atingiram a parlamentar do Psol na cabeça pertencem a um lote adquirido pela Polícia Federal, em 2006.

A reconstituição será realizada no bairro do Estácio na noite desta quinta, ou seja o mesmo local e com as mesmas condições de iluminação do momento da execução.