Seis vidas são salvas após família decidir doar órgãos de uma das vítimas de chacina de Portão, na Bahia
Crime aconteceu no último domingo (19), no município Lauro de Freitas
Arthur Silva de Jesus Moreira foi baleado na cabeça, em frente à sua casa, enquanto segurava o filho de seis meses no colo (Foto: Reprodução)
Seis pessoas que estavam na fila de transplante do SUS foram beneficiadas com orgãos doados pela família de Arthur Silva de Jesus Moreira, de 23 anos, uma das vítimas da chacina de Portão. O crime aconteceu no último domingo (19), na região metropolitana de Salvador.
A informação foi passada ao Portal RedeTV! por Ana Patrícia Santana Sales, do Sistema Estadual de Transplantes da Bahia. "Foram doados fígados, os dois olhos, os rins e o coração", informou a profissional.
Arthur Silva foi baleado na cabeça, em frente à sua casa, no bairro do Portão, município Lauro de Freitas. Ele estava com o filho de seis meses no colo e, ao ouvir os disparos, se jogou no chão para proteger o bebê, mas acabou sendo atingido na cabeça.
O jovem chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital do Subúrbio, em Salvador, mas não resisitiu e teve morte cerebral confirmada. Segundo a coordenadora do Sistema de Transplantes, Rita de Cássia Pedrosa, muitas das pessoas que foram beneficiadas estavam em estado crítico e puderam trocar "a certidão de óbito pela de nascimento".
De acordo com familiares, a decisão de doar os órgãos partiu da própria vítima, já que Arthur sempre disse que tinha essa vontade. Após as doações, o corpo da vítima segue no Hospital do Subúrbio e será encaminhado, nas próximas horas, para o Instituto Médico Legal.
O caso
A chacina de Portão iniciou-se na Rua Santo Antônio e depois partiu para a Rua Boca da Mata. Segundo investigações da Polícia, ocorreu após os atiradores não acharem seu real alvo: uma mulher que faria parte da facção rival à dos suspeitos. Portanto, os investigadores trabalham com a hipótese de que o crime tenha sido motivado por disputas em torno do tráfico de drogas.
Além de Arthur, a chacina fez outras cinco vítimas: Guilherme Gomes da Silva, de 19 anos, Raiane Freitas, de 12 anos, Raimunda Jesus dos Santos, de 35, Rogério Oliveira da Silva, de 36, e Pablo Ferreira dos Santos, de 15. Três desses eram da mesma família: Guilherme e Raiane eram sobrinhos de Raimunda.
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