Polícia Federal faz operação para investigar compra de respiradores pelo governo do Pará
PF apura aquisição de equipamentos por R$ 50 milhões feita por Helder Barbalho (MDB)
Polícia Federal realiza buscas na casa do governador, Helder Barbalho - (Foto: Reprodução/Polícia Federal do Pará)
A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta quarta-feira (10), a Operação Bellum, que apura a existência de fraude na compra de respiradores pulmonares pelo governo do Pará para ajudar no combate ao coronavírus. São 23 mandados de busca e apreensão no Pará e em mais seis estados.]
O governador Helder Barbalho (MDB) e o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Alberto Beltrame, são alvos de busca. Outros sócios da empresa investigada e servidores públicos estaduais também são investigados. As buscas foram realizadas nas residências dos investigados, em empresas e também no palácio dos despachos, do governo, e nas secretarias de estado de Saúde, Fazenda e Casa Civil do estado do Pará.
Helder é o segundo governador alvo de operação da PF sobre contratos relacionados à compra de suplementos no combate ao coronavírus. O primeiro foi Wilson Witzel, do RJ, em maio.
Em nota, o governo do estado diz que "reafirma seu compromisso de sempre apoiar a Polícia Federal no cumprimento de seu papel em sua esfera de ação" e explica que o "recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos por ação do Governo do Estado". O governo ainda afirma que "entrou na justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos equipamentos."
Segundo indícios levantados pela Procuradoria-Geral da República, o governador tem relação próxima com o empresário responsável pela negociação. De acordo com a investigação, ambos sabiam da divergência dos produtos comprados e da carga de ventiladores pulmonares inadequados para o tratamento da Covid-19 que foi entregue ao estado.
Além do contrato dos respiradores, a organização ligada a este empresário foi favorecida com uma outra contratação milionária e com pagamento feito de forma antecipada, no valor de R$ 4,2 milhões.
Ainda de acordo com a PF, a compra dos respiradores custou ao estado do Pará o valor de R$ 50,4 milhões. Desse montante, metade do pagamento foi feito à empresa vendedora do equipamento de forma antecipada.
Os respiradores sofreram atraso na entrega, além de serem diferentes do modelo comprado e não funcionarem no tratamento da Covid. Os aparelhos precisaram ser devolvidos.
A PF investiga na operação os crimes sob investigação são de fraude à licitação falsidade documental e ideológica, corrupção ativa e prevaricação e lavagem de dinheiro.
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