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Onda de calor continua e Inmet alerta para risco de morte

Segundo o instituto, calor deve se estender até sexta-feira (9)


(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de "grande perigo" em razão de uma onda de calor em grande parte da Região Centro-Oeste e no estado do Tocantins. De acordo com a entidade, a onda de calor que vai até a sexta-feira (9), teve início pouco depois do meio-dia de ontem (5). O instituto disse que há risco de morte por hipertermia.

O instituto disse que que durante este período as temperaturas registrarão 5ºC acima da média na região. O aviso registra alerta para as seguintes áreas: Distrito Federal, centro sul, nordeste, norte,  sudeste e sudoeste mato-grossense, centro, leste, sul, norte e noroeste goiano, sudeste, sul e oeste tocantinense.

Em caso de emergência, o Inmet recomenda que a população contate a Defesa Civil (telefone 199). Também é deve ser aumentada ingestão de líquidos, evitar a prática de atividades físicas ao ar livre entre as 10h e 17h  e usar protetor solar.

Calor intenso persistirá em SP

A sensação de calor intenso e severo deve persistir no estado de São Paulo de hoje (6) até o próximo domingo (11). O pico deve ser entre quinta-feira (8) e sexta-feira (9), com possibilidades de pancadas de chuva forte e granizo em pontos isolados, a partir de quinta-feira. A umidade relativa do ar atingirá níveis mais críticos, podendo gerar piora na qualidade do ar principalmente nos grandes centros urbanos. As informações são da Defesa Civil do estado de São Paulo.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, a sensação térmica ficará na casa dos 35°C no Vale do Ribeira, Serra da Mantiqueira e Baixada Santista. No litoral norte a sensação deve bater na casa dos 40°C. Já na Região Metropolitana da capital, São José dos Campos, Itapeva, Sorocaba, Campinas e Franca, a sensação pode variar entre 40°C e 45°C. Nas regiões de Bauru, Araraquara, Marília, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba e Barretos, a tendência é de que ultrapassar os 45°C.

“Valores da URA [umidade relativa do ar] abaixo de 40%, além de dificultarem a dispersão de poluentes, provocam o ressecamento das mucosas das vias aéreas, tornando a pessoa mais vulnerável a doenças respiratórias e a infecções virais e bacterianas. A baixa umidade do ar também favorece o aparecimento de problemas oculares e alergias e a desidratação, sendo um sério risco, principalmente para crianças e idosos”, alerta a Defesa Civil estadual.

Para amenizar os efeitos da secura, a recomendação é a de aumento a ingestão de líquidos, frutas e vegetais; manter olhos e vias nasais hidratados, com colírios e soros ou lavando-os; utilizar umidificadores ou toalhas úmidas nos cômodos da casa; evitar o uso de ar-condicionado, pois resseca ainda mais o ar; e evitar atividades físicas entre 11h e 17h.  É recomendada ainda a economia de água. 

Bloqueio atmosférico

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (InMet), o calor persistente que ocorre em grande parte do país é causado por um bloqueio atmosférico que se instalou na área central do Brasil. Os ventos subsidentes, que são os movimentos de cima para baixo, em níveis médios até a superfície provocam tempo quente com máximas acima dos 40°C e baixa umidade, com valores inferiores a 15%, principalmente do centro para o norte do estado de SP.

No último final de semana as temperaturas registradas na faixa leste do estado foram de 29,6°C e 22,3°C, no sábado (3) e domingo (4). Na sexta-feira (2), a capital registrou 37,4°C, sua maior temperatura do ano e a segunda maior temperatura da série histórica das medições do Inmet no Mirante de Santana, na capital paulista, desde 1943. O recorde de temperatura máxima absoluta para a capital foi de 37,8°C em 17 de outubro de 2014.

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