Jovens apreendidos em ação contra milícia são soltos no Rio de Janeiro
(Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Oito adolescentes apreendidos durante uma ação realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no sábado (7) foram soltos na segunda-feira (9). De acordo com o jornal Extra, a juíza Vanessa de Oliveira Cavalieri Felix arquivou o procedimento de apuração de possíveis infrações cometidas pelos jovens. A medida foi sugerida pelo Ministério Público (MP).
Outras 159 pessoas detidas durante a operação permanecem presas. Todos devem permanecer detidos preventivamente no Complexo de Gericinó (Bangu), na zona oeste da capital fluminense.
Os suspeitos estavam em uma festa promovida pela milícia Liga da Justiça, que controla comunidades da zona oeste e da Baixada Fluminense. Durante a prisão, houve troca de tiros entre os seguranças do grupo criminoso e os policiais civis. O principal alvo da operação, Wellington da Silva Braga, o Ecko, suspeito de chefiar a quadrilha, conseguiu escapar durante o tiroteio.
Parentes de vários presos dizem que eles não pertencem à milícia e que foram presos injustamente, já que a festa, que incluía shows das bandas Swing & Simpatia e Pique Novo, era aberta ao público, mediante o pagamento de um ingresso de R$ 10.
De acordo com a Polícia Civil, o sítio em que foi realizada a festa é um local notoriamente dominado pela milícia, a festa era uma celebração ao grupo criminoso e havia segurança feita por homens de fuzil, por isso “todos os frequentadores do evento tinham plena consciência dessa ação delituosa”.