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Incêndio é controlado e pacientes são removidos de hospital no Rio

Ao menos onze pessoas morreram, diz Defesa Civil; número não é definitivo


Incêndio teve início no fim da tarde desta quinta (12) - (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Um incêndio de grandes proporções que atingiu o Hospital Badim, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, na tarde de quinta-feira (12), deixou ao menos 11 pessoas mortas, de acordo com a Defesa Civil Estadual. O Corpo de Bombeiros diz que 10 corpos foram retirados do local na madrugada desta sexta-feira (13).

No momento do incidente, havia mais de 100 pacientes no local.  Cerca de 90 deles foram transferidos para os hospitais Israelita Albert Sabin, Municipal Souza Aguiar, Copa Dor, Quinta Dor, Norte Dor, Caxias Dor e São Vicente de Paulo.

Após o incêndio ter sido controlado, segundo informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, o cuidado maior foi na remoção dos pacientes graves, que não puderam ser retirados de imediato, pois estavam em centros de Tratamento Intensivo (CTIs). Bombeiros seguem vasculhando o local. 

Após a saída dos pacientes que podiam ser removidos de imediato, os bombeiros e as equipes de emergência começaram a evacuar os casos mais graves, a partir das 21h.

Grupos de médicos, enfermeiros e técnicos corriam pedindo passagem entre a multidão que se aglomerava em volta, incluindo parentes e amigos de pacientes. Os profissionais levavam equipamentos de sustentação, como monitores cardíacos e tubos de oxigênio.

Mais cedo, logo após a notícia de incêndio se espalhar pelos corredores, por volta das 17h, a Rua São Francisco Xavier se transformou em um ambulatório ao ar livre. Pacientes eram trazidos dos dois prédios do hospital e acomodados em colchões. Em seguida, eram levados para uma creche e para a garagem de um edifício, vizinhos ao hospital, ou transportados em ambulância para hospitais e clínicas vizinhos.


Incêndio atinge prédio do Hospital Badim, no bairro do Maracanã, zona Norte da cidade - (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Sem alarme

O incêndio, causado por um curto circuito em um gerador no subsolo do prédio mais antigo do complexo hospitalar, começou no final da tarde. A universitária Aline Raquel acompanhava a sua prima, Andréia, que estava internada no Badin. Ela conta que, por volta das 18h, percebeu as luzes dos carros dos Bombeiros e disse que não ouviu nenhum alarme, apenas os bombeiros mandando evacuar o prédio.

“A gente pegou o que podia e desceu caminhando. Tinha muito idoso. Foi desesperador, mas a gente estava em condições boas, mas para quem estava na UTI [Unidade de Tratamento Intensico] era complicado descer de escada”, disse.

A técnica de enfermagem Andreia de Oliveira estava em casa de licença, pois havia sepultado a mãe no dia anterior, mas não teve dúvida em ir correndo para o hospital e ajudar no atendimento aos pacientes.

"A união faz a diferença numa hora dessas. Pessoas de outras redes também vieram nos ajudar. A união faz a força. Nós estamos aqui para fazer um acesso, servir água, fazer uma massagem cardíaca", disse Andreia.


Funcionários levaram equipamentos para atendimento de pacientes na rua após o início do incêndio - (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Atendimento na rua

A luz onde fica o hospital, na região do Maracanã, foi desligada para que as equipes de socorro pudessem trabalhar com mais tranquilidade. Os pacientes foram colocados na calçada na Rua São Francisco Xavier, interditada ao tráfego pela Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio) para receber os primeiros socorros.

A Rede d’O informou que enviou ambulâncias de outros hospitais da rede para transferir os pacientes. Muitos foram levados para hospitais da Tijuca, um dos bairros da zona norte mais bem servidos de hospitais particulares.

A Secretaria de Estado de Saúde informou que também está auxiliando na retirada dos pacientes. Em nota, a secretaria disse que, ao todo, 15 ambulâncias dos hospitais Getúlio Vargas, Carlos Chagas, Adão Pereira Nunes e de diversas unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foram enviadas ao local. Unidades hospitalares do estado também disponibilizaram leitos para pacientes feridos. 

Além das ambulâncias, o Instituto de Assistência aos Servidores do Estado (Iaserj), que fica a poucos metros do local do incêndio, recebeu pacientes da unidade, que foram estabilizados e transferidos para outras unidades.

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