RedeTVi - Notícias | Cidades

Depois de um ano, Polícia entregará inquérito sobre rompimento de barragem em Brumadinho

Acidente vitimou 270 pessoas, 11 seguem desaparecidas

(Foto: Divulgação/PCMG)

Após quase um ano do rompimento de uma barragem da mineradora Vale na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, a Polícia Civil do estado ainda está finalizando o inquérito que investiga as causas do acidente. O orgão afirmou nesta segunda-feira (20) que irá entregar o documento à Justiça nos próximos dias. No sábado (25), a tragédia completa um ano.

25 de janeiro de 2019. Esse foi o dia em que 270 pessoas foram vítimas diretas do rompimento da barragem B1 do Córrego do Feijão. 259 estão mortas e 11 seguem desaparecidas. O Corpo de Bombeiros continua trabalhando no local para que o número de desaparecidos chegue a zero. 

As investigações foram realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais e o Ministério Público do mesmo estado que, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (20), o rompimento, além das mortes, também "resultou em prejuízos ambientais e econômicos".

O delegado Eduardo Vieira Figueiredo é um dos responsáveis pelo caso e afirmou que o trabalho de investigação conjunta "foi essencial para a coleta e análise das provas", além de explicar que "os trabalhos contaram com entrevistas de campo, interrogatórios de investigados, cumprimento de mandados de busca e apreensão". O inquérito tramita no Departamento de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema). 

As investigações não se limitam apenas nas causas do rompimento da barragem, mas também apontam "as responsabilidades dos administradores da Vale", segundo a Polícia. “Realizamos uma verdadeira força-tarefa para levar dignidade às famílias que perderam seus entes queridos", afirmou o chefe da Polícia Civil do estado, o delegado-geral Wagner Pinto de Souza.

O delegado-geral ainda afirmou que são mais de 150 inquéritos instaurados que investigam estelionato e quase 800 carteiras de identidade expedidas. Além de deixar claro que das 270 vítimas diretas, 96% foram identifcadas.  

Acordos

Muitas pessoas envolvidas, direta e inderatamente, no rompimento optaram ou por mover ações judiciais ou por fazer acordos com a Vale. A segunda possibilidade foi reforçada a partir de um termo de compromisso assinado em abril entre a mineradora e a Defensoria Pública de Minas Gerais, que acredita nesses tratativas como a forma mais rápida e eficaz para obter a indenização, evitando processos longos e arrastados. 

O termo assinado entre a Defensoria Pública de Minas Gerais e a Vale foi criticado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) durante uma oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para investigar a tragédia. Também contrário a estas tratativas, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sustenta que negociações coletivas são o caminho para buscar reparações mais justas.

Relembre o caso

Uma barragem da mineradora Vale rompeu e outras duas transbordaram em 25 de janeiro de 2019 em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais. O rompimento matou 270 pessoas e 11 ainda estão desaparecidas. 

O Corpo de Bombeiros continua procurando os desaparecidos e não há prazo para o fim dos trabalhos. No próximo sábado (25), a tragédia completa um ano.

(Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Veja também!

>>> Guedes participa nesta segunda (20) de abertura do Fórum Econômico em Davos

>>> Receita recupera R$ 5,2 bilhões em dívidas de empresas com o Simples

>>> Após fuga de presos, fronteira com Paraguai tem policiamento reforçado

Assista aos vídeos da RedeTV! no YouTube e inscreva-se no canal!