Caso Daniel: delegado garante que jogador estava totalmente indefeso no momento do crime
Embriagado, o jogador Daniel estava totalmente indefeso no dia em que foi morto por Edison Brittes, afirmou o delegado Amadeu Trevisan, da Delegacia de São José dos Pinhais (SP), em coletiva na manhã desta terça-feira (6). Segundo laudo pericial, 13,4 decigramas de álcool foram encontrados no sangue do jogador. O delegado descarta a presença de drogas.
[leiamais]Trevisan acrescentou que na segunda-feira (29), dois dias depois do corpo de Daniel ter sido encontrado no matagal, Edison, a esposa Cristiana e a filha Allana se encontraram em um shopping com Lucas, também conhecido como "Mineiro" e um dos acusados de participação no crime. O encontro seria para combinar a versão da história a ser contada para a polícia. O grupo declarou que Daniel teria saído andando pelo portão da casa após a festa e aparecido morto, misteriosamente, depois. Além disso, Edison também tentou omitir nomes de pessoas que estavam na casa e chegou a ameaçar Lucas caso mudasse a versão.
Ainda de acordo com o delegado, além de "Mineiro", Igor King, David Willian Villero Silva e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva ajudaram Edison a imobilizar e matar Daniel. Todos os envolvidos serão indiciados por homicídio qualificado. Edison, Cristiana e Allana terão o agravante de coação de testemunha.
Questionado sobre o possível estupro sofrido por Cristiana por Daniel, Trevisan afirma que não é possível provar com exames, já que teria sido apenas uma tentativa de estupro. Agora, o fato se sustenta apenas pela palavra de Cristiana.
Edson Brittes deve prestar depoimento na Delegacia de São José dos Pinhais pela primeira vez na manhã de quarta-feira (7). Amadeu Trevisan afirmou que o acusado deveria ter comparecido na delegacia com seu advogado na manhã desta terça. Como não apareceu, o depoimento foi remarcado para a manhã de quarta.
Testemunhas importantes no processo que estavam na casa dos Brittes no momento que tudo aconteceu prestarão depoimento nesta terça, às 15h, na Delegacia de São José dos Pinhais.
O delegado pretende terminar a investigação dentro do prazo de 30 dias.