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Assassinos dispararam uma rajada de tiros contra carro de Marielle, concluem investigadores

(Foto: Arquivo/Guilherme Cunha/Alerj)

[leiamais] Após reconstituição do assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes na noite de quinta-feira (10), os investigadores concluíram que apenas uma rajada de tiros de submetralhadora foi disparada contra o carro das vítimas. 

Além de Marielle e Anderson, uma assessora da parlamentar estava no veículo e sobreviveu ao ataque realizado em 14 de março, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. O laudo final deve ficar pronto em 30 dias.

De 23h às 4h25, peritos e testemunhas participaram da simulação do ataque a tiros contra as vítimas, reproduzindo detalhes do que a polícia acredita ter acontecido na noite de 14 de março, no bairro do Estádio, no Rio de Janeiro.

Para confirmar a hipótese de que os assassinos usaram uma submetralhadora MP5, da fabricante alemã HK, e que tratavam-se de criminosos com alto grau de habilidade com o equipamento, foram disparados tiros com os mesmos modelos de arma em seis momentos diferentes, entre 2h50 e 4h.

A assessora de Marielle, única sobrevivente do ataque, estava entre as testemunhas que participaram da reconstituição. Pessoas que estavam próximas ao local na noite do crime também fizeram parte da simulação.

Reconstituição de ataque a Marielle durou cinco horas (Foto: Agência Brasil)

O delegado Giniton Lages, responsável pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco, não confirmou as informações vazadas pela mídia, sobre as denúncias de um delator, envolvendo milicianos, policiais e até um vereador no homicídio.

"Dados sobre a investigação seguem em sigilo. Alguns dados e outros que não pertencem à investigação, que acabaram divulgados por uma ou outra mídia, a Divisão de Homicídios continuará cumprindo o seu protocolo, de não confirmar nenhuma informação apresentada por qualquer mídia. A investigação não pode abrir mão do absoluto sigilo", disse Giniton.

O delegado acompanhou a reconstituição do assassinato, no bairro do Estácio, que teve várias ruas bloqueadas ao trânsito de veículos e pessoas. O local foi isolado por uma barreira alta de lona preta, a fim de que ninguém tivesse acesso visual à reconstituição. O principal motivo é dar segurança a quatro testemunhas.

Um delator informou à polícia que a morte de Marielle foi tramada pelo vereador Marcelo Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, atualmente preso em Bangu 9. Ambos negaram enfaticamente envolvimento no crime e Curicica divulgou uma carta revelando inclusive o nome do delator, que era mantido em sigilo, que seria um PM da ativa.