Após incêndio, CT do Flamengo passa por vistoria e é liberado no Rio
Especialistas fizeram vistoria nesta terça-feira (12) e liberaram o CT Ninho do Urubu, do Flamengo, para uso após a tragédia que matou dez atletas das categorias de base do clube. A fiscalização foi feita por representantes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, da prefeitura do Rio, da Procuradoria-Geral de Justiça do estado e do Ministério Público do Trabalho.
Apesar da liberação, ainda deve ocorrer uma reunião na sede do Ministério Público para apresentar o laudo da visita técnica, além da exigência de documentos que devem ser providenciados pelo clube.
Também nesta terça foi realizada uma nova perícia criminal no local, que tem como objetivo investigar as causas do incêndio e as responsabilidades pela tragédia. O caso é apurado pela 42ª Delegacia Policial.
O incidente deixou dez mortos e três feridos. As vítimas foram identificadas como Christian Esmeio Candido (15 anos), Vitor Isaías (15 anos), Jorge Eduardo (15 anos), Pablo Henrique da Silva (15 anos), Bernardo Pisetta (14 anos), Arthur Vinicius (14 anos), Athila Paixão (14 anos), Gedson Santos (14 anos), Rykelmo Vianna (16 anos) e Samuel Thomas Rosa (15 anos).
Responsabilidades após tragédia
O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, ressaltou que a diretoria do Flamengo assumiu as responsabilidades em relação à tragédia e comprometeu-se a dar apoio e acolhimento às famílias dos jogadores. O presidente do clube, Rodolfo Landim, fez na segunda (11) um pronunciamento, sem responder a perguntas.
Segundo Landim, o foco é prestar assistência às famílias das vítimas, tanto é que o clube disponibilizou psicólogos e trouxe parentes dos atletas de outras cidades para o Rio de Janeiro. De acordo com ele, o Flamengo estuda a possibilidade de indenização.
“Falamos da nossa vontade de indenizar essas famílias o mais rapidamente possível, buscando com a Defensoria um processo de mediação, fazendo com que isso possa terminar o mais rápido possível. Pois, às vezes, os processos judiciais demoram muito tempo”, disse Landim.
O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, Fábio Goulart Vilella, disse que haverá um esforço da entidade para fiscalizar todos os centros de treinamento no estado do Rio.