Lewis Hamilton comemora condenação de Nelson Piquet por falas racistas e homofóbicas
Tricampeão da Fórmula 1 foi condenado a pagar R$ 5 milhões na última sexta-feira
(Foto:Reprodução/ Twitter Lewis Hamilton)
O piloto Lewis Hamilton comemorou a condenação de Nelson Piquet por falas racistas e homofóbicas. Após nove meses dos acontecimentos, o tricampeão da Fórmula 1 foi condenado a pagar R$ 5 milhões que serão distribuídos entre entidades de de igualdade racial e combate à LGBTQIA+fobia.
"Logo que isso aconteceu, eu comentei sobre isso e ainda acredito que não devemos dar atenção para essas pessoas cheias de ódio. Mas eu gostaria de reconhecer o que o governo do Brasil fez, é impressionante que tenham responsabilizado alguém e mostrado às pessoas que isso não é tolerado. Racismo e homofobia não são aceitáveis, não há lugar para isso em nossa sociedade. Por isso, amo que tenham mostrado que eles se posicionam", disse Hamilton, no GP da Austrália.
(Foto:Reprodução/Twitter)
Os comentários preconceituosos de Piquet aconteceram em uma entrevista realizada em 2021, mas só viralizaram em junho do ano passado. O ex-piloto brasileiro se referiu a Hamilton duas vezes com a palavra "neguinho" enquanto opinava sobre uma batida entre o britânico e seu genro, o bicampeão Max Verstappen, no GP da Inglaterra de 2021.
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"O 'neguinho' meteu o carro e deixou. O Senna não fez isso. O Senna não fez isso. Ele foi, assim, "aqui eu arranco ele de qualquer maneira". O 'neguinho' deixou o carro. É porque você não conhece a curva; é uma curva muito de alta, não tem jeito de passar dois carros e não tem jeito de passar do lado. Ele fez de sacanagem", afirmou Nelson Piquet na época.
Após as falas racistas, o Lewis Hamilton questionou a carreira de Piquet e cobrou punição imediata da F1, a fim de combater efetivamente o racismo. Dias depois, o brasileiro retornou aos holofotes em outro fragmento do vídeo disparando ofensas homofóbicas contra Keke Rosberg (campeão da F1 em 1982), dizendo "estar dando mais c..."
O Ministério Público do Distrito Federal (MP-DTF) aceitou o processo promovido por entidades da diversidade racial e da comunidade LGBTIQIA+ e a condenação foi pedida no começo de março, sendo confirmada pelo juiz Pedro Matos de Arruda.