Robinho chama Justiça da Itália de racista após condenação
Ex-atacante foi condenado a nove anos de prisão pelo crime
(Foto: Ivan Storti / Santos)
O ex-atacante Robinho falou publicamente pela primeira vez, neste domingo (17), após ser condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão por estupro coletivo.
Durante a entrevista ao "Domingo Espetacular" da Record, Robinho afirmou que sua condenação na Itália teve influência do racismo. "Com certeza, se o meu julgamento fosse para um italiano branco, seria diferente. Sem dúvidas. Com a quantidade de provas que eu tenho, não seria condenado", disse o ex-atacante.
O ex-atleta também mencionou que teve sim um relacionamento com a mulher que o acusa de estupro, afirmando que o caso entre os dois foi algo consensual e rápido. "Tivemos uma relação superficial e rápida. A gente trocou beijos, fora isso, fui embora para casa. Em nenhum momento, ela empurrou, pediu para parar. Tinha outras pessoas no local. Quando vi que ela queria continuar com outros rapazes, eu fui embora para casa. Eu nunca neguei. Foi consensual. Nunca neguei. Poderia ter negado, porque não tem meu DNA lá. Mas não sou mentiroso", afirmou ele.
O ex-atacante relatou que apresentou provas que, supostamente atestariam a sua inocência no caso, mas que essas provas teriam sido ignoradas. "Espero que aqui no Brasil, eu possa ter voz que não tive lá fora. Você quer mostrar suas provas, e não entendi o porquê, provas tão relevantes para qualquer pessoa, para eles não foram. Todos aqueles que julgam, possam ver minhas provas. Eu não sou esse monstro. Não fui uma pessoa durante 10 anos e me tornei outro", complementou.
Robinho ainda comentou sobre os áudios que foram divulgados pelo UOL, onde ele comenta sobre o caso com amigos, sendo que em certos momentos o brasileiro dava risada e até mesmo debochava sobre a possibilidade de ser condenado por estupro.
"Os áudios foram um ano depois do ocorrido. Naquele contexto dos áudios, eu estava conversando com pessoas que não são confiáveis. Muita gente sempre se aproxima de jogador de futebol para arrancar dinheiro. Começaram com história de gravidez. Minha risada foi de indignação, de que não ia deixar me extorquir. Sei que não cometi crime. Não foi de deboche da vítima. O que é verdade foi o que relatei no processo. Áudios foram fora de contexto, com pessoas que estavam me perseguindo. Eu falo muitas coisas controversas, mas o contexto do áudio é exatamente isso", relatou ele.
Na próxima quarta-feira (20), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), começa a julgar o pedido da Itália para que Robinho cumpra a pena no Brasil. No entanto, o STJ não vai julgar novamente a acusação contra o ex-atacante, ou seja, não revisitará o caso.
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