Após "jogo da vergonha", Portugal confirma primeiros casos da variante Ômicron
Belenenses SAD, que enfrentou o Benfica com apenas 9 atletas, vive surto de infectados
O futebol português protagonizou uma situação incomum no último sábado (27). Repleto de casos de COVID, o Belenenses SAD enfrentou o Benfica com apenas nove atletas, precisando improvisar um goleiro entre os jogadores de linha.
Na volta do intervalo, com o placar apontando 7 a 0 para os comandados de Jorge Jesus, três atletas da equipe de Belém alegaram não ter condições de seguir em jogo. Como a regra do futebol não permite que uma equipe permaneça em campo com menos de sete jogadores, o juiz encerrou a partida.
Mas a preocupação em Portugal está longe de se limitar aos aspectos técnicos do encontro. Nesta segunda-feira (29) o Instituto Nacional de Saúde (INSA) confirmou que os 13 casos da equipe, envolvendo atletas e membros do staff, são da variante Ômicron. Tratam-se dos primeiros casos no país.
"Os ensaios preliminares efectuados no INSA sugerem, fortemente, que todos os 13 casos associados aos jogadores da Belenenses SAD estejam relacionados com a variante de preocupação Ômicron", afirmou o instituto em um comunicado.
A suspeita é que o zagueiro Cafú Phete, do Belenenses SAD, pode ter trazido a variante para Portugal. O defensor viajou à África do Sul para defender a seleção do seu país na última Data FIFA, ocorrida há duas semanas.
Por medida de precaução, foram isolados todos os funcionários do clube que tiveram contato com os contaminados. A expectativa é que o próximo jogo da equipe, diante do Vizela, na próxima segunda-feira (06), seja suspenso. Já o elenco do Benfica foi submetido a novos testes de COVID na manhã desta segunda-feira (29).