Justiça italiana condena Robinho a nove anos de prisão após julgamento de última instância
O jogador e seu amigo Ricardo Falco cometeram crime de estupro coletivo
(Foto: AP)
A Justiça italiana julgou nesta quarta-feira (19) a última instância do caso do jogador Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, e condenou os dois a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo contra uma mulher. Em outras duas instâncias a Corte também havia condenado os acusados.
Apesar da decisão, Robinho e Falco, que atualmente estão no Brasil, não serão extraditados para a Itália, já que a Constituição de 1988 proíbe a extradição de brasileiros. Além disso, a condenação imposta pelos italianos também não será aplicada em território brasileiro por conta do tratado de cooperação judiciária assinado entre Brasil e Itália em 1989.
Agora, o jogador e seu amigo só correm risco de serem presos se realizarem viagens para fora do Brasil. Na prática, eles só serão presos se estiverem em algum país que tenha acordo de extradição com a Itália.
O recurso apresentado pela defesa do jogador foi analisado por trinta minutos na audiência. Cinco juízes (quatro homens e uma mulher) da 3ª Seção Penal divulgarão a centena ainda nesta quarta, no início da tarde (fuso horário brasileiro).
Um dos advogados de Robinho, Alexsander Guttieres, não deu declarações ao sair da Corte de Cassação de Roma (equivalente ao Supremo Tribunal Federal do Brasil). Franco Moretti, um outro advogado do jogador, disse, em sustentação oral, que a relação entre a vítima e Robinho foi consensual, além de tentar trazer à audiência um dossiê sobre a vida privada da mulher e pontos sobre sua conduta, mas foi rechaçado no julgamento em segunda instância.
A vítima acompanhou a audiência e informou que não gostaria de estar presente, mas havia sido convencida por seu advogado.