Cuca retorna ao Atlético-MG e aborda caso de 1987: "Demorei a ver meus defeitos"
Ministério Público suíço solicitou a anulação do processo relacionado ao caso
(Foto: Daniela Veiga/Atlético)
Ao ser apresentado como técnico do Atlético-MG nesta segunda-feira (13), Cuca abordou a acusação de estupro de uma menor em 1987, na Suíça. Ele reconheceu que demorou a perceber suas falhas e que atualmente busca ser uma pessoa melhor.
Na coletiva de imprensa, o treinador antecipou o assunto antes mesmo de ser questionado:
“Eu gostaria de começar essa minha entrevista falando sobre a minha apresentação lá no Athletico Paranaense. Certamente vai vir à tona e com todo o direito, é um tema muito sensível, delicado e muito importante, que é o tema do caso da Suíça”, iniciou.
“Demorei muito tempo para falar daquele tema, e hoje eu abro falando dele. Eu demorei a ver meus defeitos. Eu tentava falar do Cuca, e a sociedade queria saber da causa, do que eu como homem podia fazer”, prosseguiu.
“Tenho trabalhado incessantemente para ser uma pessoa melhor, entender o tema, não só pelo Cuca, pelas minhas filhas, minha mãe, mas pelo respeito que as mulheres merecem. Estou aliado a isso. Tenho participado de palestras, onde conseguimos reunir meninas e meninos e discutir o tema de peito aberto. Acho que esse tema é muito importante e busco um mundo melhor. A gente vive muito em um mundo machista. O futebol é muito machista (…) Vamos fazer coisas importantes também, pelo respeito às mulheres. Isso tá dentro de mim. Não sou de fazer propaganda do que eu fiz, faço de forma discreta e vou continuar fazendo, bandeira que eu empunhei e que vou continuar fazendo”, completou.
O processo
Em 1987, Cuca e outros três jogadores do Grêmio foram acusados de manter relações sexuais com uma garota de 13 anos durante uma excursão do time na Suíça. Ele foi condenado pela Justiça suíça, mas a sentença foi anulada no início de 2024.
A anulação do processo foi solicitada pelo Ministério Público, que pontuou que o julgamento foi feito à revelia, sem a presença de um advogado de defesa. No entanto, o órgão local não entrou no mérito da inocência do treinador em relação ao caso. A juíza do caso acatou o pedido.
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