Caso Daniel: Três réus têm prisão revogada e tornozeleira de Cristiana Brittes é suspensa
Após decisão da Justiça, somente Edison Brittes permanece preso
(Foto:Reprodução)
Três presos por suspeita de envolvimento na morte do jogador Daniel Correa tiveram a prisão revogada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) em decisão divulgada nesta quarta-feira (9). O monitoramento eletrônico de Cristiana Brittes também foi suspenso. Apenas Edison Brittes, o assassino confesso, permanece preso.
Os réus William Vollero, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King foram beneficiados com a decisão da juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, eles são acusados de diversos crimes incluindo homicídio qualificado e fraude processual . O Ministério Público (MP) apresentou na terça-feira (8) um pedido para que todos os sete suspeitos sejam levados a júri popular. A decisão veio após as alegações finais do processo serem apresentadas.
Daniel estava na casa da família Brittes, depois de uma festa, em 27 de outubro do ano passado, quando foi espancado e levado para a morte num carro. Edison afirma que Daniel teria abusado de sua esposa, Cristiana, e que a intenção inicial não era matar, mas cortar as partes íntimas do jogador.
A juíza vai determinar quais acusado vão ao júri popular após asas alegações finais das defesas dos réus.
Confira as alegações finais apresentadas pelo MP:
Allana Emilly Brittes: Fraude processual, corrupção de adolescente e coações no curso do processo.
Cristiana Rodrigues Brittes: Homicídio qualificado por motivo torpe, fraude processual, corrupção de adolescente e coações no curso de processo.
David Willian Vollero Silva: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa), ocultação de cadáver e fraude processual.
Edison Luiz Brittes Junior: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa), ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de adolescente e coações no curso do processo.
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa), ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente.
Evellyn Brisola Perusso: Fraude processual.
Ygor King: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa), ocultação de cadáver e fraude processual.
Justiça revoga prisão de Cristiana Brittes
A Justiça do Paraná revogou a prisão de Cristiana Brittes, uma das acusadas no assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas no último dia 12 de setembro. Na decisão, a Justiça concedeu liberdade provisória sem fiança, com uso de tornozeleira.
Cristiana responde por homicídio qualificado por motivo torpe, fraude processual e corrupção de menor. Ela é esposa do empresário Edison Brittes Júnior, que confessou ter matado o jogador e também está preso. Edison Brittes alega que o jogador Daniel tentou estuprar Cristiana.
Depoimento dos acusados
Os acusados de envolvimento no assassinato do jogador Daniel Correa prestaram depoimento nesta no último dia 4 de setembro.
Allana Brittes, filha do réu confesso Edison Brittes, foi a primeira a chegar. Ela defendeu a mãe, Cristiana Brittes, e disse que ela tentou impedir que agredissem Daniel. A jovem ainda implicou Eduardo Purkote no crime, que estava na casa dos Brittes no dia do assassinato, e não foi denunciado pelo Ministério Público.
Evellyn Perusso, amiga de Allana, responde por falso testemunho justamente por colocar Purkote como um dos agressores. Evellyn, que responde em liberdade, foi a segunda a depor. Depois os outros réus que estavam presos na ocasião.
Eduardo Henrique da Silva reafirmou, segundo seu advogado, a versão de que a intenção era castrar o jogador. David Vollero e Ygor King admitiram que participaram das agressões contra Daniel.
Relembre o caso no vídeo do RedeTV News:
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