Demitido pela guerra, piloto russo alega calote de equipe da Fórmula 1
Nikita Mazepin acusa a Haas de não pagar salários, além de cobrar a rescisão contratual
Foto: Divulgação/Haas
As coisas não andam bem entre a equipe de Formula 1 Haas e o seu ex-piloto Nikita Mazepin, de 23 anos. O caos começou depois que a escuderia rescindiu o contrato do piloto em março, após a invasão russa à Ucrânia. Na ocasião o piloto dinarmarquês Kevin Magnussen pegou o seu lugar na equipe.
O piloto afirma que ainda não recebeu parte dos seus pagamentos que estavam na cláusula do contrato. Boa parte do salário ainda segue em atraso, assim como a indenização pertinente após rescindir o contrato entre os dois.
"Quando o contrato foi rescindido, a Haas estava com salários em atraso para este ano e ainda não foram pagos. Parece-me que o empregador deveria pelo menos compensar o salário até o momento da demissão e provavelmente pagar algumas verbas rescisórias", revelou Mazepina em entrevista à RBC.
Nikita Mazepin também explicou como a rescisão do contrato da equipe com a Uralkali, empresa do seu pai Dmitry, o prejudicou com a sua continuidade dentro da equipe. Foram duas quebras de contrato praticamente consecutivas.
"Tínhamos dois contratos independentes. E a rescisão do contrato com o principal patrocinador (Uralkali) não teve impacto direto no meu futuro na equipe. Ou seja, eles tomaram duas decisões separadas", ressalta. Mas ele é claro sobre o que está por vir no futuro: "Não vi meu dinheiro, então vamos à Justiça, disse o piloto“.
Vale lembrar que a família Mazepin é apoiadora do presidente russo Vladimir Putin, o que levou a equipe americana a rescindir ambos os acordos quando teve início a guerra na Ucrânia.