Ministro do STF afasta Aécio Neves do mandato de senador

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu afastar nesta quinta-feira (17) Aécio Neves (PSDB-MG) do cargo de senador. O político foi governador de Minas Gerais entre 2003 e 2010, ano em que foi eleito senador.

Mais cedo, a Procuradoria-Geral da República também pediu a prisão de Neves, mas foi negado pelo ministro relator da Lava Jato Edson Fachin.

A assessoria de Fachin disse que o ministro decidiu sobre o afastamento de Aécio das funções de senador, mas decidiu rejeitar o pedido de prisão.

Além disso, a equipe de Fachin anunciou que as delações premiadas de executivos da JBS foram homologadas. São essas delações que trazem um áudio no qual o senador tucano pede R$ 2 milhões para o grupo frigorífico.

Fachin também ordenou que Aécio entregue seu passaporte e não saia do Brasil. Afastado de seu cargo de senador, o tucano não pode participar de votações na Casa, mas não está impedido de entrar no prédio.

Desde o início da manhã, agentes da PF e do Ministério Público Federal (MPF) realizam uma operação da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília em endereços ligados ao presidente nacional do PSDB.

Estão sendo cumprindo pelo menos três mandados de busca e apreensão. A irmã dele, Andrea Neves, e o primo Frederico Pacheco de Medeiros foram presos.

No Congresso Nacional, em Brasília, buscas também estão sendo realizadas nos gabinetes de Aécio, além nos do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).