Em Barretos, Padilha defende rodeios sem maus-tratos
Ricardo Galhardo/Agência EstadoPouco antes, durante visita ao museu do peão de boiadeiro, Padilha ouviu uma reclamação feita por Emílio Carlos dos Santos, o Cacá, diretor de marketing do clube Os Independentes, que organiza a festa. "Este projeto vai acabar com a indústria do cavalo", disse Cacá.
O projeto de lei 2086/2011 de autoria de Tripoli proíbe a realização de provas de laço e perseguição a animais. Segundo Cacá, se o projeto for aprovado, provas tradicionais como a vaquejada nordestina e o laço comprido, do Rio Grande do Sul, vão acabar. Modalidades populares no mundo do rodeio como o laço em dupla e o teen penning também seriam proibidas, prejudicando uma indústria que, segundo ele, cria mais de 3 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil.
Padilha, que é sócio de Os Independentes e frequentador da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, disse defender a realização dos rodeio desde que não haja crueldade contra os animais. "Crueldade é inadmissível mas o Estado de São Paulo construiu uma economia em torno de eventos vinculados a essa tradição da Festa do Peão com respeito a regras muito claras e proteção dos animais", afirmou.
O deputado petista Newton Lima (PT-SP) que acompanhava a caravana de Padilha também defendeu a realização dos rodeios. "Evidentemente ninguém defende maus-tratos mas é preciso haver bom senso. Este projeto tem exageros", disse o deputado.
A caravana de Padilha batizada Horizonte Paulista já passou por Igarapava, São Joaquim da Barra, Ribeirão Preto, Brodowski e continua ainda neste domingo em Sertãozinho. O giro do pré-candidato pelo interior termina sexta-feira, 14, em Campinas.