Dilma e Obama aproveitam cúpula no Panamá para acertar visita aos EUA
Lisandra Paraguassu/Agência EstadoA reunião foi acertada na semana passada, durante o telefonema do vice-presidente americano, Joe Biden, para a presidente. No último encontro entre os dois, durante a Cúpula do G20, na Austrália, o presidente americano confirmou o convite para que a presidente faça a visita, cancelada em 2013 depois da revelação do escândalo de espionagem da National Security Agency.
Desde a reeleição, o governo brasileiro deixou claro que a reaproximação com os Estados Unidos era a prioridade da política externa. Desde o início deste ano, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira - ex-embaixador em Washington - já foi duas vezes à capital americana. Esta semana, teve um encontro com a conselheira de segurança da Casa Branca, Susan Rice, para tratar da visita de Dilma. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto, fez dos Estados Unidos o seu primeiro destino internacional ao assumir o cargo. Ontem, o MDIC anunciou que os dois governos assinaram os primeiros memorandos de facilitação de comércio dos últimos dois anos, inclusive um acordo entre o Inmetro e sua contraparte americana para produção de guias sobre os sistemas regulatórios dos dois países.
México e Colômbia
A presidente poderá ir ainda este ano, também, ao México e à Colômbia. Chegou-se a cogitar a inclusão dos dois países na sequência da Cúpula das Américas, mas a possibilidade diminuiu dado ao pouco tempo para preparação - a Cúpula é em três semanas.
No entanto, a presidente já confirmou aos presidentes mexicano, Enrique Peña Nieto, e colombiano, Juan Manuel Santos, que irá aos dois países, respondendo a convites insistentes. A Colômbia é um dos poucos países da América do Sul que Dilma ainda não visitou. Além disso, depois da finalização do acordo automotivo com o México, a avaliação no Planalto é que, sem pendências entre os dois governos, o momento seria adequado para uma visita.