Exploradores encontram cemitério de navios dos impérios Bizantino e Otomano no Mar Negro
Redação/RedeTV!Foto: Divulgação/Rodrigo Pacheco Ruiz/University of Southampton
Uma nova descoberta vem deixando arqueólogos e estudiosos da antiguidade e idade média animados após uma equipe de pesquisadores internacionais acidentalmente encontrar mais de 40 navios naufragados no Mar Negro. Antiga rota marítima entre a Europa Ocidental e o Cáucaso, a região foi foco das expedições do programa Black Sea Maritime Archaeology, que estudou o local conhecido como "zona morta" e encontrou o cemitério de navios datados dos impérios Bizantino (séculos V até XV) e Otomano (séculos XV até XX).
Diretor do Centro de Arqueologia Marítima da Univerdade de Southampton, na Inglaterra, e um dos principais pesquisadores do projeto, Jon Adams afirmou que a idéia inicial do projeto era realizar um levantamento geofísico da região submersa, que acredita-se ter sido ocupada por humanos antes da última Era do Gelo, que inundou o local entre 12 a 18 mil anos atrás.
Foto: Dvulgação: Rodrigo Pacheco Ruiz/ University of Southampt
"Nós estamos nos esforçando para responder algumas questões calorosas sobre quando o nível da água subiu, o quão rápido isso aconteceu e quais foram os efeitos sob a população humana que vivia nesse trecho entre a costa Búlgara e o Mar Negro", explicou Adams.
Utilizando equipamentos com alta resolução e fotografias 3D, os pesquisadores mapeavam o chão marítimo há 1.800 metros de profundidade quando encontraram os destroços de navios Otomanos e Bizantinos, descobrindo informações sobre as atividades coloniais e comerciais da antiga Grécia e Roma.
"Os destroços são um bônus completo, mas uma descoberta fascinante. Eles estão incrivelmente preservados decisivo às condições anóxicas (ausência de oxigênio) [das águas] do Mar Negro abaixo de 150 metros", completou o diretor.
Desde 1453, quando os turcos Otomanos ocuparam Constantinopla e houve a queda do Império Bizantino, a região esteve fechada para o comércio exterior e assim permaneceu até 1856 quando Tratado de Paris reabriu o mar para todas as nações.
Fotos: Divulgação/Rodrigo Pacheco Ruiz/University of Southampt
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