30/07/2015 07:01:00 - Atualizado em 30/07/2015 07:04:00

Dentista confessa ter caçado leão símbolo do Zimbábue

ANSA

Dentista tinha o costume de exibir fotos com animais selvagens abatidos (Foto: Reprodução/Facebook)

O dentista norte-americano Walter Palmer, de 55 anos, confessou ter matado o leão Cecil, ícone do parque de Hwange, no Zimbábue, mas disse pensar que a caça estava autorizada.

Palmer, que já foi condenado no passado por ter disparado em um urso negro em Wisconsin, confessou que matou o leão em um comunicado divulgado após as autoridades do Zimbábue o identificarem como o responsável pelo ato.

"Eu não sabia que o leão era famoso e era tido como o animal preferido do parque. Não tinha conhecimento de que o animal portava um localizador, nem que era objeto de estudo", justificou-se o norte-americano, que possui 43 trofeus de caça, ressaltando que ainda não foi notificado pela polícia. "Estou profundamente arrependido pela morte do leão. Adoro e pratico a caça, mas com responsabilidade e dentro da lei", defendeu-se, culpando seus guias por não tê-lo alertado sobre Cecil no momento do incidente.

Com 13 anos de idade, Cecil era a atração principal do parque de Hwange há uma década. De acordo com investigações, o leão teria sido atraído para fora do parque para ser morto. O animal foi ferido com uma flecha, mas não morreu de imediato. Após receber um tiro de rifle, ele foi degolado e teve sua pele arrancada.

O leão Cecil (Foto: Reprodução/Facebook/Zimparks)

Cecil levava um colar com GPS, instalado por pesquisadores da Universidade de Oxford, como parte de um estudo, iniciado em 1999, sobre os leões da região. 

De acordo com a imprensa do Zimbábue, o dentista norte-americano teria teria pago cerca de US$ 50 mil para caçar Cecil. Associações de defesa dos animais afirmam que chegou a receber ajuda de moradores locais para a caça.

Dois cidadãos do Zimbábue envolvidos no episódio foram acusados de caça ilegal, porque o grupo não tinha permissão para a prática

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